Paz Mundial

Volta e meia nos deparamos com pessoas que pregam a não-violência, a paz, o bom entendimento entre as pessoas e por aí vai. Mas o que seria a paz de verdade?

Paz é um mundo onde não há guerras? Não há violência? Será que um mundo assim é possível ou é uma utopia, um sonho que nunca vai se realizar?

A paz nunca é plena, nunca é a mesma para 100%. Onde há paz para uns, há guerra e sofrimento para outros.

Vejam este exemplo: Vamos supor que um dia, todas as favelas do Brasil sejam invadidas pelo exército. Vagabundos morram e as pessoas de bem que forem encontradas serão levadas para moradias do governo no Nordeste. A paz finalmentre reina nas cidades grandes, mas, a mãe que perdeu o filho que trabalhava pro traficante não compartilha da mesma sensação de paz e sim de sofrimento.

Querer um mundo de paz e harmonia, só seria possível se todas as pessoas deixassem de sentir emoções, deixassem de pensar diferente. Se o orgulho fosse deixado de lado e os apegos também. Mas quem disse que isso vai acontecer? Quem garante que o cara que não gosta de gays, vá começar a ser indiferente e não ligar pra isso?

Enquanto as pessoas tiverem opiniões diferentes, a liberdade de expressão e sentir emoções, a paz nunca será alcançada.

Imagine uma ditadura, onde não há liberdade de expressão, não se pode pensar diferente e os desobedientes são punidos severamente. Nessa situação, há um paz reinando, pois através da força alguém organizou o caos. Mas para as pessoas que não pode expressar idéias contrárias, isso não é paz, é um eterno sofrimento.

A música "Imagine" do John Lennon é muito bonita, mas é só uma música.

Que os pacifistas fiquem cientes, a paz mundial é utópica, está na hora de botar os pés no chão.

" Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência de outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.



// machado de assís / quincas borba


facto.

Concordo plenamente.

Não coloco a Paz Mundial em primeiro na lista de prioridades globais.


Pra começar que é um objetivo deveras difícil de ser alcançado.

E outra querendo ou não guerras movem o mundo.

Sir Loko do morro escreveu:" Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência de outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.



// machado de assís / quincas borba


facto.

Fataço.

A paz não seria possível num mundo onde os fracos e os fortes se colocassem num mesmo nível. A igualdade, neste caso, é a destruição e não a solução.

não existe pax sem guerra, simples