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Minas terrestres podem permanecer ativas por mais de 50 anos depois de serem plantadas no solo. Por essa razão, há um crescente esforço mundial de livrar o mundo de minas terrestres. Para isso, precisamos primeiro localizar as milhões de minas que ainda estão enterradas em vários países pelo mundo. Encontrar estas minas é extremamente difícil, já que muitos campos minados não estão demarcados. E aqueles que estão podem levar anos para serem desativados.
A detecção de minas terrestres é um processo lento e metódico, devido ao perigo envolvido. Enquanto a tecnologia de localização está sendo aperfeiçoada, ainda se confia intensamente nas seguintes técnicas convencionais:
sondagem do solo - por muitos anos, a tecnologia mais sofisticada usada para localizar minas terrestres era esquadrinhar o solo com um graveto ou baioneta. Soldados são treinados para cutucar levemente o solo com uma baioneta, sabendo que apenas um erro pode lhes custar a vida;
cães treinados - cães podem ser treinados para farejar odores provenientes dos ingredientes explosivos dentro da mina;
detectores de metal - detectores de metal são limitados na sua capacidade de encontrar minas, porque muitas minas são feitas de plástico, utilizando pouquíssimo metal.
Cientistas da Universidade Estadual de Ohio estão desenvolvendo um novo aparelho de radar de penetração no solo (GPR), que pode ser mais eficiente na localização e desativação de minas terrestres. Este novo aparelho seria útil para localizar minas que têm pouco ou nenhum componente de metal. Todas as minas terrestres, incluindo as de plástico, são enchidas com agentes explosivos com propriedades elétricas que fazem com que sejam detectáveis pela tecnologia certa, tal como o RPS.
Um aparelho GPR localiza energia de radar logo abaixo do solo e a apenas alguns metros à frente do seu usuário, de acordo com pesquisadores. O aparelho ignora sinais que retornam da superfície do solo e utiliza um programa especialmente projetado para fazer objetos enterrados aparecerem mais claros na tela do radar. O GPR tem tido sucesso na detecção de dois invólucros comuns de minas terrestres enchidos com uma substância cerosa que é similar ao TNT.
Quando a mina é detectada, o aparelho GPR dispara dois agentes químicos no solo para desativá-la. Um agente solidifica o mecanismo de disparo juntamente com o solo em volta, permitindo aos soldados passar pelo local. O segundo agente químico solidifica a mina e o solo permanentemente. A mina pode então ser retirada e destruída.