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    Homens são todos iguais, ou não.

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    Homens são todos iguais, ou não. Empty Homens são todos iguais, ou não.

    Mensagem por Convidado 2010-11-18, 11:15 pm

    Odeio falar sobre esse assunto, pois cada um que fala julga saber mais que os outros e por aí vai. Mas ninguém tira da minha cabeça que a única diferença entre um homem e uma mulher é a genitália... vou (tentar) explicar!
    A pior frase já formulada pela humanidade foi: “todos os homens são iguais.” Claro que somos, tanto que o Netinho e o Maníaco do Parque tratam as mulheres da mesma forma que o Dalai Lama.
    Mulheres dizem que homens só querem coito e mais nada... e aquelas que ficam na porta de hotéis de famosos, ou se oferecendo a qualquer bonitão ou ricaço, querem o que? Já passou na cabeça de qualquer mulher dar por dar, assim como, já passou pela cabeça de um homem comer por comer.
    Mulheres dizem que homens são insensíveis... mas quem abriu a porta para os irmãos Cravinhos? A sensibilidade, o carinho e a cumplicidade estão em todos nós e isso ninguém dá, é troca!
    Mulheres dizem que os homens preferem os amigos... talvez porque nossas competições (declaradas) estejam ligadas a arrotos, peidos, mulherada, etc. Bem diferente de guerras frias regadas a novos batons, plásticas e ascensão alheia!
    Mulheres dizem que os homens não dão valor... verdade, talvez não saibamos diferenciar o valor de um sapato Prada, ou de um corte de cabelo no Kamura, de um simples futebol e as boas risadas com amigos.
    Nós seres humanos somos tão porcamente iguais nas coisas mais asquerosas do mundo, como também somos tão completamente idênticos as maiores belezas já encontradas... o que nos difere é a simples capacidade de entender e respeitar vontades e desejos daqueles que nos cercam, ora querendo apenas nosso butico, ora querendo nosso ombro até o final da vida!
    E sim, eu entendo as mulheres,pois ao longo dos anos passam por provações ridículas impostas por uma sociedade machista, sem fundamento.
    E sim, eu entendo os homens, que nunca concordaram em oprimir as mulheres, mas que se arrependem com aquelas mulheres, que ao ter a chance na mão, se transformam no homem que merecem ser!


    @FabioGuere

    http://tpmsemanal.blogspot.com/2010/11/dia-de-convidado.html
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    Homens são todos iguais, ou não. Empty Re: Homens são todos iguais, ou não.

    Mensagem por Convidado 2010-11-18, 11:20 pm

    o problema não é homem ou mulher
    são seres humanos
    Seres fracos, imbecis e se acham cheio da razão.

    esse lixo ai.
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    Homens são todos iguais, ou não. Empty Re: Homens são todos iguais, ou não.

    Mensagem por Convidado 2010-11-18, 11:28 pm

    pow cara, as pessoas são tão diferentes e demasiadamente insatisfeitas com o que tem e o que são, que...
    nem Deus consegue satisfazer todas.


    homoens nao são todos iguais. masssssssssssssssssssssssss
    vivem fazes muito parecidas e com isso se tornam estereotipos ideiticos.

    com 19 anos eu era o homem mais romântico do mundo.
    mandava flores pra minha namorada, escrevia poemas, e nao entendia o que podia levar um homem a bater numa mulher.
    aí........
    bom, ai eu me apaixonei por uma drogada qualquer, que veio a ser a mãe do meu filho.
    aí.. eu começei a ver o outro lado da moeda.
    hoje pra mim mulheres = objeto de coito. só.
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    Homens são todos iguais, ou não. Empty Re: Homens são todos iguais, ou não.

    Mensagem por Convidado 2010-11-19, 9:47 am

    Homens e mulheres são biologicamente diferentes e acho que isso reflete em diferenças sociais sim. Eu lembro de uma discussão no VSQS em que o Xico (acho que é ele mesmo, usuário aqui também) disse que a única diferença entre homens e mulheres é social, a criação, de tratamento e etc. Eu discordo veementemente disso.

    Me chamam ora de machista, ora de feminista por falar isso, mas acho que não devemos tratar homens e mulheres da mesma forma. Não que essa diferença tenha que ser dada no status social, como foi feito na história com a mulher, tirando direitos de cidadão, mas é inegável que a genética torna o homem o provedor e a mulher a receptora (em um sentido amplo e comportamental, não só sexual).

    Então não ligo de ser chamado de machista quando digo que é função sim do homem carregar 100Kg de sacolas do supermercado ou chegar em alguma mulher que esteja interessado ou pagar a conta. E nem ligo em ser chamado de feminista quando digo que as mulheres são bem mais sutis e controlam a maioria dos homens e ditaram os rumos da humanidade, mesmo nunca sendo líderes de nada (pelo contrário) ou que mulheres não precisam de homens tanto quanto homens precisam de mulheres.

    O que acho sacanagem é colocar os dois gêneros no mesmo balaio e exigir coisas iguais da simplicidade masculina e da sutileza feminina. Homens são todos "iguais" porque as mulheres são todas "iguais".
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    Homens são todos iguais, ou não. Empty Re: Homens são todos iguais, ou não.

    Mensagem por Convidado 2010-11-19, 11:41 am

    ngm é igual a ngm
    só qe a sociedade nos molda de acordo
    to bbebaud
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    Mensagem por Convidado 2010-11-19, 1:28 pm

    Bom, você de certa forma possui uma opinião parecida com a minha...

    Apenas para complementar eu diria que mulheres são mais perigosas, se um homem não tem dinheiro nenhum e sai de casa só com a roupa do corpo não consegue fazer nada..
    Agora se uma mulher sai só com a Roupa do Corpo (ou sem) Consegue fazer O SENHOR ESTRAGO...

    Mulheres são tratadas de mais como "princesas" sendo que na realidade hoje em dia são talvez até piores do que os "homens todos iguais"...

    Hoje conheço muitos caras procurando mulheres descente e não encontram, as mulheres que falam "homem são todos iguais" ou "homem nenhum presta" de dia, e a noite vai pra balada e beija 30 caras diferentes....
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    Mensagem por Convidado 2010-11-20, 4:46 am

    Bob Joe escreveu:Homens e mulheres são biologicamente diferentes e acho que isso reflete em diferenças sociais sim. Eu lembro de uma discussão no VSQS em que o Xico (acho que é ele mesmo, usuário aqui também) disse que a única diferença entre homens e mulheres é social, a criação, de tratamento e etc. Eu discordo veementemente disso.

    Me chamam ora de machista, ora de feminista por falar isso, mas acho que não devemos tratar homens e mulheres da mesma forma. Não que essa diferença tenha que ser dada no status social, como foi feito na história com a mulher, tirando direitos de cidadão, mas é inegável que a genética torna o homem o provedor e a mulher a receptora (em um sentido amplo e comportamental, não só sexual).

    Então não ligo de ser chamado de machista quando digo que é função sim do homem carregar 100Kg de sacolas do supermercado ou chegar em alguma mulher que esteja interessado ou pagar a conta. E nem ligo em ser chamado de feminista quando digo que as mulheres são bem mais sutis e controlam a maioria dos homens e ditaram os rumos da humanidade, mesmo nunca sendo líderes de nada (pelo contrário) ou que mulheres não precisam de homens tanto quanto homens precisam de mulheres.

    O que acho sacanagem é colocar os dois gêneros no mesmo balaio e exigir coisas iguais da simplicidade masculina e da sutileza feminina. Homens são todos "iguais" porque as mulheres são todas "iguais".

    Calma lá. Não digo que é o único fator, mas, na minha opinião, esse é, se não o maior, um dos principais fatores.

    Eu ao menos discordo quanto a admitir certos paradigmas sem a devida reflexão. Por mais que a genética influencie, há certas atitudes (inclusive citadas por você) que poderiam ser melhor niveladas apesar das diferenças inerentes. Dai vai de cada um quanto aos seus anseios, mas eu, ao menos, penso que é um processo interessante e necessário tentar se aproximar de uma igualdade de tratamento (no limite do possível, claro).

    Talvez isso signifique quebrar a cara ao ver que certas atitudes não mudam mesmo? Provavelmente. Mas ao menos eu acho que é um preço que vale a pena pagar para ver.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-20, 12:36 pm

    Ermac escreveu:pow cara, as pessoas são tão diferentes e demasiadamente insatisfeitas com o que tem e o que são, que...
    nem Deus consegue satisfazer todas.


    homoens nao são todos iguais. masssssssssssssssssssssssss
    vivem fazes muito parecidas e com isso se tornam estereotipos ideiticos.

    com 19 anos eu era o homem mais romântico do mundo.
    mandava flores pra minha namorada, escrevia poemas, e nao entendia o que podia levar um homem a bater numa mulher.
    aí........
    bom, ai eu me apaixonei por uma drogada qualquer, que veio a ser a mãe do meu filho.
    aí.. eu começei a ver o outro lado da moeda.
    hoje pra mim mulheres = objeto de coito. só.

    ta de brinks q vc tem um filho?
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    Mensagem por Convidado 2010-11-20, 12:50 pm

    existem sim diferenças gritantes entre homens e mulheres

    principalmente na formação da estrutura emocional e psicológica
    e até mesmo na estrutura e controle do subconsciente
    funcionam de formas bem diferentes



    Sodocu escreveu:

    ta de brinks q vc tem um filho?


    são dois:

    Spoiler:

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    Mensagem por Convidado 2010-11-20, 3:42 pm

    lucoloso escreveu:Mulheres dizem que homens só querem coito e mais nada... e aquelas que ficam na porta de hotéis de famosos, ou se oferecendo a qualquer bonitão ou ricaço, querem o que? Já passou na cabeça de qualquer mulher dar por dar, assim como, já passou pela cabeça de um homem comer por comer.

    Há mais felicidade em dar do que receber. Consulte os livros sobre sucesso ou psicologia Very Happy
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    Mensagem por Convidado 2010-11-20, 7:20 pm

    Xico escreveu:Calma lá. Não digo que é o único fator, mas, na minha opinião, esse é, se não o maior, um dos principais fatores.

    Eu ao menos discordo quanto a admitir certos paradigmas sem a devida reflexão. Por mais que a genética influencie, há certas atitudes (inclusive citadas por você) que poderiam ser melhor niveladas apesar das diferenças inerentes. Dai vai de cada um quanto aos seus anseios, mas eu, ao menos, penso que é um processo interessante e necessário tentar se aproximar de uma igualdade de tratamento (no limite do possível, claro).

    Talvez isso signifique quebrar a cara ao ver que certas atitudes não mudam mesmo? Provavelmente. Mas ao menos eu acho que é um preço que vale a pena pagar para ver.

    É interessante, genética sempre é um termo muito forte quando usado, as pessoas sempre pensam em um determinismo generalizado, e isso assusta.

    O que você as vezes não concebeu é que a genética pode influenciar no fator social. É fato que mulheres e homens tem uma genética muito diferente, com alteração no nível mais básico e fundamental do DNA (afinal, são gêneros diferentes de uma mesma espécie). É fato que processos hormonais interagem e influenciam muito nos aspectos comportamentais. Jovens são mais agressivos na adolescência apenas pela produção hormonal. Isso não é fator social, o fator social é a destinação dessa agressividade.

    Eu concordo que existem relações sociais que potencializam essas diferenças de criam grandes bolhas que afastam nosso entendimento sobre o que é realmente inato e o que é imposto. Mas discordo de muitas das coisas que você em particular define como fator social, porque em muitos dos casos o seu objetivo particular, conscientemente ou não, é apenas dividir obrigações sociais (nem vou me alongar nessa questão, porque pode até soar ofensivo e pessoal e não tenho nada contra você, você é um cara legal e talz). Eu posso imaginar o que você discordou nas minhas colocações, mas diga o exemplo em que você acha que o social tem mais influência que a predisposição do gênero.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-20, 10:50 pm

    Bob Joe escreveu:
    Xico escreveu:Calma lá. Não digo que é o único fator, mas, na minha opinião, esse é, se não o maior, um dos principais fatores.

    Eu ao menos discordo quanto a admitir certos paradigmas sem a devida reflexão. Por mais que a genética influencie, há certas atitudes (inclusive citadas por você) que poderiam ser melhor niveladas apesar das diferenças inerentes. Dai vai de cada um quanto aos seus anseios, mas eu, ao menos, penso que é um processo interessante e necessário tentar se aproximar de uma igualdade de tratamento (no limite do possível, claro).

    Talvez isso signifique quebrar a cara ao ver que certas atitudes não mudam mesmo? Provavelmente. Mas ao menos eu acho que é um preço que vale a pena pagar para ver.

    É interessante, genética sempre é um termo muito forte quando usado, as pessoas sempre pensam em um determinismo generalizado, e isso assusta.

    O que você as vezes não concebeu é que a genética pode influenciar no fator social. É fato que mulheres e homens tem uma genética muito diferente, com alteração no nível mais básico e fundamental do DNA (afinal, são gêneros diferentes de uma mesma espécie). É fato que processos hormonais interagem e influenciam muito nos aspectos comportamentais. Jovens são mais agressivos na adolescência apenas pela produção hormonal. Isso não é fator social, o fator social é a destinação dessa agressividade.

    Eu concordo que existem relações sociais que potencializam essas diferenças de criam grandes bolhas que afastam nosso entendimento sobre o que é realmente inato e o que é imposto. Mas discordo de muitas das coisas que você em particular define como fator social, porque em muitos dos casos o seu objetivo particular, conscientemente ou não, é apenas dividir obrigações sociais (nem vou me alongar nessa questão, porque pode até soar ofensivo e pessoal e não tenho nada contra você, você é um cara legal e talz). Eu posso imaginar o que você discordou nas minhas colocações, mas diga o exemplo em que você acha que o social tem mais influência que a predisposição do gênero.

    Como assim não concebi? Esta lá no ultimo post "Por mais que a genética influencie"...

    Enfim, se quer um exemplo, acho que esse é interessante, apesar de nesse caso não ser o fator social que predomina, mas tem sua influência: Pensemos no caso das crianças que são mais apegadas à mãe do que ao pai.

    Faz todo sentido, a criança cresceu dentro dela, isso já cria um apego inicial da mãe pela criança. E depois do nascimento a mãe ainda é 'obrigada' a ficar, pelo menos durante o período de amamentação, do lado da criança 24h/dia. É de se esperar que a criança seja mais apegada à mãe. E é algo claramente próprio da mulher, não há dúvidas, isso é tão óbvio que estou me sentindo o capitão obvious aqui.

    Mas então isso quer dizer que esta tudo explicado e é normal que o pai às vezes seja ausente e que ela sempre tenha que cuidar mais da criança do que o pai? É disso que estou falando, não é porque tem um fator genético óbvio que devemos chutar o pau da barraca e quando acontece algo apenas dizer "é assim mesmo".

    Sem fazer julgamento moral, me parece também que há um forte fator social para que o pai seja menos apegado à criança, e às vezes até mesmo ausente.

    Pensemos em algumas situações:

    Quando a mulher dá a notícia "estou grávida":

    Se ela não quiser a criança, há, normalmente, três situações: Ela pode abortar (não é a proibição do aborto que impede), mudar de idéia (ao ter que conviver com aquela barriga chutando e/ou ao ver o ultrasom a criança algumas mudam de idéia, conheço uma mulher que aconteceu exatamente isso) ou então assumir a responsabilidade mesmo assim.

    Para o homem há, normalmente, também três situações: Ele pode fugir, pode assumir a criança e pagar apenas a pensão ou pode assumir suas responsabilidades como pai.

    Ou seja, já da pra perceber que disso vai ter um número muito maior de pais que não querem a criança do que mães, afinal, mesmo ele não querendo a criança pode nascer, já com ela as chances são menores.

    Só dai já temos uma situação que cria um número p de homens responsáveis e um número 1-p de homens irresponsáveis, onde o ultimo é maior do que a contraparte feminina. Certo?

    Agora pensemos, há incentivos para o pai tentar mudar de idéia ao longo da vida e ser mais presente na vida da criança? Infelizmente não.

    Para o pai que de partida não quis a criança, as chances são quase inexistentes. Ele pode muito bem ficar só na pensão e nunca mais ver a criança.

    Para o pai que quis assumir a responsabilidade, ele já começa em desvantagem quanto ao apego pela criança, pois, além do fator natural supracitado, há o fato de que a licença paternidade é ridícula... Logo é mesmo de se esperar que aqui haja também um número considerável de pais responsáveis sem muita vontade de participar ativamente da vida da criança, afinal, o apego é claramente menor.

    Mas vamos insistir ainda no que sobrou, o pai responsável com uma vontade enorme de participar ativamente da vida do filho, o que acontece com esse pai? Ele pode se encontrar em uma situação de enorme insegurança. Enquanto bebê, a mãe pode decidir a qualquer momento se separar, e as chances dela ficar com a criança, no Brasil, são próximas a 100% (não sejamos ingênuos, o tribunal da família quase sempre joga a criança pra mãe).

    Ou seja, se houver separação a criança vai para a mãe, o pai fica com um escopo mais limitado de atuação: Ele pode visitar a criança nos finais de semana e ajudar a criança em termos monetários. Mas ai devemos lembrar que os esforços da justiça estão muito mais focados em fazer o pai pagar do que em fazer ele visitar a criança, logo, se a mulher quiser, ela pode descumprir a regra e impedir a visita sem muitas preocupações, pois provavelmente ela nem vai sofrer a punição. Daí se o pai quiser mesmo participar ativamente da vida da criança, ele vai ter que nadar contra a maré.

    Em um sistema que não pressupõe cooperação, eles pensam tanto em como dar um jeito no pai irresponsável, que esquecem como criar mecanismos para o pai que quer participar (pressupondo separação). E nesse sistema, somado ao fator cultural de responsabilizar a mãe pela criação de fato da criança, o incentivo é para o pai ser mais presente ou mais ausente? Parece-me que é mais para o outro lado.
    Daí aqui você acha razoável simplesmente dizer “é natural que seja assim, não há nada que podemos fazer”? Eu discordo, muito do que eu falei aqui parte de um fator natural óbvio, mas há também toda uma estrutura social que não tenta equilibrar isso, mas ao contrário, agrava isso.

    Outro dia li um artigo sobre avaliação causal com N pequeno, dentre as coisas que ali falava, uma delas é sobre as formas de atribuir importância causal para eventos com multiplas variáveis responsáveis pelo evento. Nisso ele cita três formas: Através do fator que mais intensifica o outcome; através dos fatores causais mais suscetíveis à manipulação; e através dos fatores causais cujos responsáveis podem ser responsabilizados.

    Se dou a entender às vezes como se o fator genético fosse desimportante, é por isso. Estou olhando por onde é possível mudar, e não é porque o fator mais importante para certos comportamentos é genético que então estamos de mãos atadas. Às vezes é inclusive possível mudar a situação percebida modificando as variáveis manipuláveis. Claro, daí depende dos objetivos do que cada um quer. Mas eu, ao menos, penso que, citando o caso que expliquei, é melhor uma situação onde os pais sejam mais tendentes a participar ativamente da vida da criança do que o oposto.
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    Homens são todos iguais, ou não. Empty Re: Homens são todos iguais, ou não.

    Mensagem por Convidado 2010-11-21, 4:20 pm

    Xico escreveu:Como assim não concebi? Esta lá no ultimo post "Por mais que a genética influencie"...

    Enfim, se quer um exemplo, acho que esse é interessante, apesar de nesse caso não ser o fator social que predomina, mas tem sua influência: Pensemos no caso das crianças que são mais apegadas à mãe do que ao pai.

    Faz todo sentido, a criança cresceu dentro dela, isso já cria um apego inicial da mãe pela criança. E depois do nascimento a mãe ainda é 'obrigada' a ficar, pelo menos durante o período de amamentação, do lado da criança 24h/dia. É de se esperar que a criança seja mais apegada à mãe. E é algo claramente próprio da mulher, não há dúvidas, isso é tão óbvio que estou me sentindo o capitão obvious aqui.

    Mas então isso quer dizer que esta tudo explicado e é normal que o pai às vezes seja ausente e que ela sempre tenha que cuidar mais da criança do que o pai? É disso que estou falando, não é porque tem um fator genético óbvio que devemos chutar o pau da barraca e quando acontece algo apenas dizer "é assim mesmo".

    Sem fazer julgamento moral, me parece também que há um forte fator social para que o pai seja menos apegado à criança, e às vezes até mesmo ausente.

    Pensemos em algumas situações:

    Quando a mulher dá a notícia "estou grávida":

    Se ela não quiser a criança, há, normalmente, três situações: Ela pode abortar (não é a proibição do aborto que impede), mudar de idéia (ao ter que conviver com aquela barriga chutando e/ou ao ver o ultrasom a criança algumas mudam de idéia, conheço uma mulher que aconteceu exatamente isso) ou então assumir a responsabilidade mesmo assim.

    Para o homem há, normalmente, também três situações: Ele pode fugir, pode assumir a criança e pagar apenas a pensão ou pode assumir suas responsabilidades como pai.

    Ou seja, já da pra perceber que disso vai ter um número muito maior de pais que não querem a criança do que mães, afinal, mesmo ele não querendo a criança pode nascer, já com ela as chances são menores.

    Só dai já temos uma situação que cria um número p de homens responsáveis e um número 1-p de homens irresponsáveis, onde o ultimo é maior do que a contraparte feminina. Certo?

    Agora pensemos, há incentivos para o pai tentar mudar de idéia ao longo da vida e ser mais presente na vida da criança? Infelizmente não.

    Para o pai que de partida não quis a criança, as chances são quase inexistentes. Ele pode muito bem ficar só na pensão e nunca mais ver a criança.

    Para o pai que quis assumir a responsabilidade, ele já começa em desvantagem quanto ao apego pela criança, pois, além do fator natural supracitado, há o fato de que a licença paternidade é ridícula... Logo é mesmo de se esperar que aqui haja também um número considerável de pais responsáveis sem muita vontade de participar ativamente da vida da criança, afinal, o apego é claramente menor.

    Mas vamos insistir ainda no que sobrou, o pai responsável com uma vontade enorme de participar ativamente da vida do filho, o que acontece com esse pai? Ele pode se encontrar em uma situação de enorme insegurança. Enquanto bebê, a mãe pode decidir a qualquer momento se separar, e as chances dela ficar com a criança, no Brasil, são próximas a 100% (não sejamos ingênuos, o tribunal da família quase sempre joga a criança pra mãe).

    Ou seja, se houver separação a criança vai para a mãe, o pai fica com um escopo mais limitado de atuação: Ele pode visitar a criança nos finais de semana e ajudar a criança em termos monetários. Mas ai devemos lembrar que os esforços da justiça estão muito mais focados em fazer o pai pagar do que em fazer ele visitar a criança, logo, se a mulher quiser, ela pode descumprir a regra e impedir a visita sem muitas preocupações, pois provavelmente ela nem vai sofrer a punição. Daí se o pai quiser mesmo participar ativamente da vida da criança, ele vai ter que nadar contra a maré.

    Em um sistema que não pressupõe cooperação, eles pensam tanto em como dar um jeito no pai irresponsável, que esquecem como criar mecanismos para o pai que quer participar (pressupondo separação). E nesse sistema, somado ao fator cultural de responsabilizar a mãe pela criação de fato da criança, o incentivo é para o pai ser mais presente ou mais ausente? Parece-me que é mais para o outro lado.
    Daí aqui você acha razoável simplesmente dizer “é natural que seja assim, não há nada que podemos fazer”? Eu discordo, muito do que eu falei aqui parte de um fator natural óbvio, mas há também toda uma estrutura social que não tenta equilibrar isso, mas ao contrário, agrava isso.

    Outro dia li um artigo sobre avaliação causal com N pequeno, dentre as coisas que ali falava, uma delas é sobre as formas de atribuir importância causal para eventos com multiplas variáveis responsáveis pelo evento. Nisso ele cita três formas: Através do fator que mais intensifica o outcome; através dos fatores causais mais suscetíveis à manipulação; e através dos fatores causais cujos responsáveis podem ser responsabilizados.

    Se dou a entender às vezes como se o fator genético fosse desimportante, é por isso. Estou olhando por onde é possível mudar, e não é porque o fator mais importante para certos comportamentos é genético que então estamos de mãos atadas. Às vezes é inclusive possível mudar a situação percebida modificando as variáveis manipuláveis. Claro, daí depende dos objetivos do que cada um quer. Mas eu, ao menos, penso que, citando o caso que expliquei, é melhor uma situação onde os pais sejam mais tendentes a participar ativamente da vida da criança do que o oposto.

    Você não concebeu que o fator genético, de diferença de gênero é pré fator social. Observe o primeiro exemplo que você atribuiu: crianças mais apegadas às mães por ficarem 24 horas ao lado delas para amamentar. Mas cara, quem veio primeiro, a amamentação, a ligação biológica da cria com a mãe, ou a relação social mãe-filho? A maternidade é algo bem fundamental, bem mais que a sociedade. No mundo animal é fácil perceber a frequência dessa ligação e a importância irracional da mesma. É fato conhecido que existem hormônios que pode definir o afeto da mãe com o filho durante o parto.

    Fator social pode ser o fato dessa ligação ser levada à extremos, um filho ou filha mimados, mães superprotetoras e até pensar que a função social da mulher é ficar em casa cuidando das crianças. Mas a ligação da maternidade é algo bem fundamental, bem químico (literalmente), atrelado fortemente a genética (todo aquele papo de preservação de genes). Essa relação não existe entre um pai e um filho da maneira como é entre uma mãe e um filho. Ainda nesse exemplo, eu acho que a sociedade evoluiu e tenta chegar perto do limite que o social permite, o pai mais presente, o homem ajudando a criar e educar. Mas, como eu disse, a ligação entre mãe e filho é excepcional e boa parte determinado pela parte biológica. Não que fatores sociais não consigam reverter e causar exceções, existem muitas. Mas estamos falando em freqüência quantitativa e isso já é o suficiente para percebermos esse "determinismo biológico".

    As vezes imaginamos o sistema social como uma massa de modelar, onde podemos alterar qualquer coisa, de qualquer modo. Isso foi uma das correntes do Renascimento iluminista, para contrapor todo aquele determinismo religioso cristão da Idade Média. Mas a realidade é um meio-termo. A sociedade tem sim seu reflexo no indivíduo, mas antes de tudo, a sociedade é reflexo daquilo que somos. Geralmente uso essa argumentação para debater com comunistas. Eles pressupõe a sociedade como algo que tem que ser moldado a força, para que o indivíduo possa se adaptar a ela, seja ela qual for. Ou seja, você faz a sociedade tratar todos como iguais e o pensamento coletivo, a forma de agir e tudo mais será baseado nisso. Eu acho bullshit. Somos animais acima de tudo, muito do que somos são apenas somas de fatores biológicos. Você não é ambicioso apenas porque quer, apenas porque vive em um regime capitalista e recebe toda aquela carga de publicidade. Existiam ambiciosos em regimes tribais da antiguidade. Esses fatores não são reversíveis ao bel prazer, eles tem influência direta na nossa forma de pensar. E é assim que funciona no caso da diferença de gênero. Existe uma diferença biológica forte e daí se monta um cenário social por cima. Acho que a tarefa e tentar descobrir quando essa diferença foi acentuada ao extremo, mas nunca desmerecer o fundamental.

    Pense sim em uma equação de múltiplas variáveis. Mas existe uma constante que conhecemos o valor. Mas ela existe e a média da soma de constantes de todos indivíduos é indiscutivelmente grande.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-21, 6:24 pm

    Desculpa, mas quantas vezes vou ter que lhe dizer que não estou negando o fator biológico? Tentei deixar bem claro isso, me surpreende você insistir em pensar que estou ignorando isso.

    E quando faço minha argumentação não vou ao sentido de "[pressupor] a sociedade como algo que tem que ser moldado a força, para que o indivíduo possa se adaptar a ela, seja ela qual for. Ou seja, você faz a sociedade tratar todos como iguais e o pensamento coletivo, a forma de agir e tudo mais será baseado nisso." Meu ponto não é negar nossos instintos primários, mas sim admiti-los, e mudar o comportamento dos agentes através de estruturas de incentivo, que funcionam exatamente sobre essas vontades naturais básicas. Esse é um pensamento que ao meu ver é bastante razoável. Aliás, é uma estratégia muito comum na economia e teoria dos jogos.

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