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    A "elite" brasileira não sabe votar

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    A "elite" brasileira não sabe votar Empty A "elite" brasileira não sabe votar

    Mensagem por Convidado 2011-02-09, 8:37 am

    Durante todas eleições, um argumento que se propaga no Brasil é o de que pobre não sabe votar. Depois do resultado do pleito do ano passado, esse argumento foi usado até como forma de preconceito, sendo o "pobre" substituído por nordestino. A premissa é simples: se o indivíduo é pobre, a educação é ruim. Logo, vai faltar a ele discernimento o politização. Eu sempre achei esse argumento esquisito, porque por análise pessoal, via a classe média brasileira tão desinteressada e alheia ao processo político tanto quanto o mais humilde brasileiro. Só que a FAPESP divulgou um estudo que confirma o que eu já conhecia sob forma de observação: Educação não está diretamente relacionada com um voto melhor.


    Leiam o wall of texto abaixo (destaque para as partes em negrito, um resumo para o pessoal do supletivo):



    Baixo retorno político

    Por Fábio de Castro

    Agência FAPESP – Na avaliação do senso comum, educação e politização andam de mãos dadas. Para a elite brasileira – de acordo com pesquisas de opinião –, o aumento da escolaridade da população tem o poder de gerar cidadãos que participam mais da vida política do país e que valorizam mais a democracia. Mas um novo estudo mostra que essa visão não corresponde à realidade.

    A pesquisa de doutorado de Rogério Schlegel, defendida no Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), utilizou análises estatísticas para interpretar os dados de pesquisas de opinião realizadas entre 1989 e 2006. O trabalho concluiu que a educação brasileira está trazendo ganhos decrescentes em termos políticos.

    “O estudo mostrou que os cidadãos mais escolarizados já não se tornam tão participativos e democráticos como ocorria há duas décadas. O maior nível de escolaridade ainda diferencia os cidadãos, mas essa diferença encolheu muito em 20 anos – isto é, os retornos políticos da educação têm sido decrescentes no Brasil. Em alguns quesitos de participação e apoio à democracia, a diferença entre os mais e os menos escolarizados chega a ser inexistente”, disse Schlegel à Agência FAPESP.

    A pesquisa de Schlegel foi orientada pelo professor José Álvaro Moisés, da FFLCH-USP, e integra o Projeto Temático "A Desconfiança do Cidadão nas Instituições Democráticas", coordenado por Moisés e financiado pela FAPESP.

    Segundo Schlegel, uma pesquisa de opinião coordenada em 2000 pela professora Elisa Reis, do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já mostrava que, na avaliação da elite brasileira, a baixa escolaridade é o maior entrave para a democracia no país.

    “Por trás dessa ideia há um pressuposto de que a educação só tem impacto no comportamento político por meio da capacitação cognitiva – isto é, basta fornecer mais educação e as pessoas terão mais recursos para acompanhar a política, discutindo, lendo jornais e fazendo exigências. Mas na realidade há caminhos alternativos para a entrada nessa vida política. Os resultados do estudo indicam que não há uma relação linear entre obter mais acesso à educação e obter mais instrumentos para participar da democracia”, afirmou.

    Foram analisados vários mecanismos capazes de explicar os retornos políticos decrescentes da escolarização. A hipótese mais plausível é que o fenômeno tenha sido causado pela queda na qualidade da educação brasileira.

    “Ao falhar na capacitação cognitiva do indivíduo e na transmissão de conhecimentos, o sistema educacional brasileiro estaria deixando de dar as ferramentas que ajudam o cidadão a atuar na esfera política. O resultado é que o aumento do acesso ao ensino ou do volume de escolarização – em tempo passado na escola ou anos de estudo completados – não é acompanhado pelos ganhos esperados em matéria de comportamento político”, disse.

    O estudo teve fundamento em quatro pesquisas de opinião realizadas pelo grupo ligado ao Projeto Temático, a primeira realizada logo após a redemocratização, em 1989, e a mais recente – financiada pela FAPESP –, em 2006.

    A partir desses dados, Schlegel utilizou análises estatísticas para controlar as diversas variáveis sociodemográficas disponíveis e observar, de forma isolada, o efeito da escolaridade no comportamento do cidadão ao longo do tempo.

    “Na sociologia econômica é comum o uso, por exemplo, do conceito de ‘retorno econômico da educação’ para avaliar até que ponto uma maior escolaridade pode se refletir em maior renda, ou em maior arrecadação de impostos. A partir desse conceito, o estudo trabalha com a ideia de ‘retorno político da educação’”, explicou.

    Indiferença política

    O retorno político foi avaliado por meio de diferentes quesitos, como participação, apoio aos princípios democráticos e confiança nas instituições. Os resultados mostraram que a distância entre mais e menos escolarizados caiu marcadamente em relação à demonstração de interesse por política, consumo de notícias sobre o tema e hábito de conversar sobre ele.

    “Em alguns quesitos, o nível de escolaridade é praticamente indiferente. No caso da participação em partidos, sindicatos e associações de bairro, por exemplo, o envolvimento é igualmente baixo entre os menos e mais escolarizados”, disse Schlegel.

    A maior perda de retorno político, durante os 17 anos do período analisado, deu-se na faixa do ensino médio – faixa de escolarização que teve a maior expansão de alunos nas últimas duas décadas.

    “Na média, hoje não se diferencia alguém que se formou no ensino médio de um cidadão com fundamental incompleto, em termos de preferir a democracia como forma de governo ou rejeitar a concentração de poder nas mãos de um líder centralizador”, afirmou.

    Em 1993, de acordo com o estudo, a chance de um universitário ser muito interessado em política era 3,6 vezes maior que a de alguém com o ensino fundamental incompleto. Em 2006, as chances se reduziram para 1,6. “A diferença entre o universitário e alguém sem nenhum diploma escolar era enorme, em termos de interesse na política. Agora, a diferença ainda existe, mas é muito menor”, ressaltou Schegel.

    Em 1989, uma pessoa com o segundo grau completo tinha 66% mais chance de preferir a democracia a qualquer outro regime, em comparação com alguém sem diploma do ensino fundamental. “Em 2006, já não havia mais diferença estatística entre os dois públicos. Nesse quesito, havia no passado uma distância que desapareceu entre os diferentes níveis de escolaridade em termos de comportamento político”, disse.

    A confiança nas instituições tem uma relação especial com a escolaridade. Em 1993, quem tinha mais escolaridade confiava mais nos partidos que em 2006. Mas os dados não permitem concluir se houve de fato um aumento ou diminuição da confiança.

    “Tratava-se de um momento em que os partidos estavam em reconstrução e havia uma noção generalizada de que eles eram o caminho para construir a democracia. Em 2006, essa noção já havia sido desfeita pelos partidos de aluguel e isso pode ter desencadeado a maior desconfiança dos mais escolarizados”, explicou.

    Para Schlegel, os resultados do estudo, ao identificar que a escolarização vem trazendo ganhos decrescentes em termos políticos, desaconselham apostas na educação como panaceia capaz de promover uma cidadania superior e fazer superar os déficits democráticos no Brasil.

    “A educação importa, mas sozinha não resolve. Os efeitos benéficos da escolarização para a convivência democrática precisam de ensino de qualidade para todos para se concretizarem plenamente”, disse.





    Apesar da conclusão óbvia, esse estudo serve para mostrar aos babacas preconceituosos que o problema do brasileiro não está só na diferença de classe social ou escolaridade. É a mentalidade que tem que mudar. O Brasil saiu a muito pouco tempo de uma ditadura e ainda existem resquícios dela em toda nossa democracia e na mentalidade da população, mais ainda da população dita instruída.

    Nossa classe média é uma merda tão grande quanto o povão, só que ainda sobe em um pedestal de superioridade. Como o antropólogo Roberto DaMatta afirma, isso é um resquício da colônia portuguesa e é uma das coisas que faz com que o Brasil ainda seja subdesenvolvido.

    Comentem.
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    Mensagem por Convidado 2011-02-09, 9:00 am

    Li o wall of text e cheguei na conclusão o povo brasileiro e comodista, alem do mais a ditadura ainda existe no planalto central e todo mundo sabe mais nao faiz nada olha um exemplo o egito kra o povo se junto pra tirar o poder do governante, os 'ricos' jogam a culpa nos pobres, em contrapartida os pobres jogam a culpa na educação e ridicula mais e a realidade.

    Sempre que vem aquele preconceito vc votou no lula vc e favelado eu não votei por desconfiança dele ser gulinho puro preconceito, ai vem um amigo e me indaga poxa lula e um bebado nao fez nada. Eu retruco cite exemplos ai o kra fica pensando e não tem argumento não sabe o que ele fez, agora pergunto o ultimo jogo do seu time como foi. Poxa o individualismo cresceu extremamente entre as pessoas ninguem ta nem ai com o governo com o outro ligaram o foda-se pra tudo.

    Concluindo, pra mim o comodismo e jogar a culpa no proximo e o principal defeito da população brasileira que perdeu a fé com tanta robalheira no governo, Mais quem se interessa por politica e tenta discutir isso acaba sendo nao ouvido nao dado atenção, eu mesmo ja cansei de falar do governo pra amigos e eles trocarem de assunto poxa o governo tem o maior fator decisivo na sua vida do que o BBB.
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    Mensagem por Convidado 2011-02-09, 10:39 am

    Se opinião mudasse a realidade brasileira, eu até me preocuparia. Mas, felizmente, isso não ocorre. O máximo que faço é rir de alguns pseudointelectuais direitistas, os ditos instruídos, dispararem críticas ferozes sem o menor respaldo de veracidade.

    O fator determinante na hora do voto é a realidade do país. O governo Lula privilegiou os pobres em detrimento dos ricos e isso incomodou muita gente, que estava acostumada com o governo FHC. Então resolveram disseminar essa idéia de que esquerdista é ralé e direitista é fidalgo. Só que isso não funcionou e deixou esse pessoal de esquerda mais irritado.

    Todos duvidaram que um simples torneiro mecânico seria capaz de erigir um bom governo. Eu duvidei. Mas os resultados estão aí para provar que instrução acadêmica não é sinônimo de bom governo. De nada adianta ser instruído e usar esse conhecimentos para fins escusos à política.


    Última edição por Nobre Valente em 2011-02-14, 12:06 am, editado 2 vez(es)
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    Mensagem por Convidado 2011-02-09, 11:01 am

    Entre a classe média e a elite brasileira existe um abismo gigante.
    A classe média cresceu muito nesses anos de lula, mas isso não vem ao caso.
    Muitos brasileiros não tiraram da cabeça a ideia de que "política é coisa da elite". Eu acho que o que muda não é tanto a escolaridade, mas a mentalidade da pessoa em perceber que ela faz parte da política e não são muitos os brasileiros que pensam assim.
    Antes completar o ensino médio era coisa pra rico, agora mais e mais gente vai completando, o que prova que a escolaridade não é o mais importante neste caso.
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    Mensagem por Convidado 2011-02-09, 11:24 am

    Esse estudo afirma que a razão disso é devido à piora na qualidade das escolas, e eu discordo disso. Ao contrário, a educação melhorou. Para mim, o problema é que o sistema educacional deixou de ponderar humanas com exatas, e agora trabalha MUITO mais exatas que humanas. Se você tentar fazer uma média das profissões que um rapaz do ensino médio quer exercer, pergunte à eles. Eles muito provavelmente vão responder: Quero ser engenheiro de tal coisa. Muitos poucos vão querer fazer algo relacionado a letras, filosofia, história. Pelo contrário, a maioria dos alunos odeiam aulas de humanas. Aí vem esse resultado: A maioria se torna um bando de ignorantes.

    Outra coisa que observei foi isso:

    Em 1989, uma pessoa com o segundo grau completo tinha 66% mais chance de preferir a democracia a qualquer outro regime, em comparação com alguém sem diploma do ensino fundamental. “Em 2006, já não havia mais diferença estatística entre os dois públicos. Nesse quesito, havia no passado uma distância que desapareceu entre os diferentes níveis de escolaridade em termos de comportamento político”, disse.

    Não entendo por que eles usaram o apoio ou não a democracia como parâmetro de conhecimento político. Agora se alguém não apoiar um regime democrático é um total ignorante? Acho que eles generalizaram nessa parte.
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    Mensagem por Convidado 2011-02-09, 12:35 pm

    [quote="Poncheis"]Esse estudo afirma que a razão disso é devido à piora na qualidade das escolas, e eu discordo disso. Ao contrário, a educação melhorou. Para mim, o problema é que o sistema educacional deixou de ponderar humanas com exatas, e agora trabalha MUITO mais exatas que humanas.

    O texto não disse isso. Ele apenas relacionou o caso à pouca qualidade de ensino, e não à piora. A educação do Brasil melhorou muito no sentido de ficar mais abrangente, mas a qualidade do ensino continua basicamente o mesmo de mais de 20 anos atrás. Em alguns quesitos tivemos até uma piora, como na aprovação automática apenas para aumentar índices de escolaridade.


    Poncheis escreveu:Não entendo por que eles usaram o apoio ou não a democracia como parâmetro de conhecimento político. Agora se alguém não apoiar um regime democrático é um total ignorante? Acho que eles generalizaram nessa parte.

    E eu concordo com ele. A tendência democrática aumentou com a maior instrução e divulgação de informações. É FATO que o sistema democrático foi o que mais deu certo de maneira empírica na sociedade moderna. Só não vê quem não quer. Tirando as distorções comunistas e totalitárias que ainda existem na cabeça de alguns politizados, em geral a generalização é válida.

    Se existem problemas com a nossa democracia, o problema é da nossa sociedade e não necessariamente do modelo democrático.


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    Mensagem por Convidado 2011-02-09, 12:53 pm

    In before, apoiadores da ditadura, a favor de um estado repressor(pois as pessoas são idiotas e precisam viver a base do chicote), do controle econômico e da repressão aos direitos humanos.
    Democracia veio para libertar, deixem as ditaduras para a áfrica ou para os comunistas.

    Eu achei o texto bom, mas não acho que tenha chegado a uma conclusão. Saber votar é diferente de se envolver em movimentos políticos, não é só porque o cara não é um militante de um partido ou membro de um sindicato que ele não sabe votar.
    O que eu acho é que a maioria das pessoas percebeu que isso é um tanto inútil, no nosso país o cidadão tem muito pouca oportunidade, tudo é dominado por uns poucos.
    Na política, por exemplo, se eu montar um partido dificilmente conseguirei alguma coisa, mesmo que eu tenha idéias que agradem a população, se eu não tiver laços com alguns já poderosos. De modo que as pessoas preferem se acomodar ao invés de lutar.
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    Mensagem por Convidado 2011-02-09, 5:39 pm

    Vamos por partes. Então o que o texto diz é que o problema não é a escolaridade em si, pois em teoria maior escolaridade DEVERIA dar maiores recursos de participação, mas sim a falta de qualidade nessa escolaridade?

    Bem, concordo plenamente. Se existisse qualidade nesse ensino, as pessoas teriam maior capacidade de participar da política. Por essas e outras que praticamente não existe diferença entre a classe baixa e a média, ou a "elite".

    Agora, o que eu discordo é que para alguém participar politicamente, este alguém tenha que fazer parte de organizações, partidos ou whatever. Como você mesmo disse, o voto e a cobrança são duas formas de participação política e as duas bases da democracia representativa. E ninguém precisa participar de organização alguma para poder votar ou cobrar.
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    Mensagem por Convidado 2011-02-10, 9:05 am

    Tezcatlipoca escreveu:Na política, por exemplo, se eu montar um partido dificilmente conseguirei alguma coisa, mesmo que eu tenha idéias que agradem a população, se eu não tiver laços com alguns já poderosos. De modo que as pessoas preferem se acomodar ao invés de lutar.

    Não dá para confundir as coisas. Em qualquer democracia mais desenvolvida o pluripartidarismo é limitado. Não é questão de ter ou não laços com poderosos, é apenas o bom senso. A facilidade de fundar agremiações partidárias gera partidos criados apenas para servir interesses escusos de um grupo com forte poder financeiro ou para somar a uma base governante, sem que esse novo partido tenha qualquer vocação ao poder real. Isso ainda acontece no Brasil, 29 partidos é um óbvio exagero, já que na prática você tem apenas 5 ou 6 em condições de disputar o poder.
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    Mensagem por Convidado 2011-02-10, 9:52 am

    Bob Joe escreveu:
    Poncheis escreveu:Esse estudo afirma que a razão disso é devido à piora na qualidade das escolas, e eu discordo disso. Ao contrário, a educação melhorou. Para mim, o problema é que o sistema educacional deixou de ponderar humanas com exatas, e agora trabalha MUITO mais exatas que humanas.

    O texto não disse isso. Ele apenas relacionou o caso à pouca qualidade de ensino, e não à piora. A educação do Brasil melhorou muito no sentido de ficar mais abrangente, mas a qualidade do ensino continua basicamente o mesmo de mais de 20 anos atrás. Em alguns quesitos tivemos até uma piora, como na aprovação automática apenas para aumentar índices de escolaridade.

    Se fosse a mesma educação de 20 anos atrás, segundo o texto, a educação política no Brasil está boa. Se você ver bem, o texto afirma justamente que há 20 anos a educação brasileira era melhor justamente por causa do ensino. Se hoje piorou, é porque hoje em dia é abordado menos ciências humanas.

    Bob Joe escreveu:
    Poncheis escreveu:Não entendo por que eles usaram o apoio ou não a democracia como parâmetro de conhecimento político. Agora se alguém não apoiar um regime democrático é um total ignorante? Acho que eles generalizaram nessa parte.

    E eu concordo com ele. A tendência democrática aumentou com a maior instrução e divulgação de informações. É FATO que o sistema democrático foi o que mais deu certo de maneira empírica na sociedade moderna. Só não vê quem não quer. Tirando as distorções comunistas e totalitárias que ainda existem na cabeça de alguns politizados, em geral a generalização é válida.

    Se existem problemas com a nossa democracia, o problema é da nossa sociedade e não necessariamente do modelo democrático.



    Eu achei a generalização inválida justamente por isso, ainda há gente que defende regimes totalitários, e parte destes têm consciência política.

    Bob Joe escreveu:Não dá para confundir as coisas. Em qualquer democracia mais desenvolvida o pluripartidarismo é limitado. Não é questão de ter ou não laços com poderosos, é apenas o bom senso. A facilidade de fundar agremiações partidárias gera partidos criados apenas para servir interesses escusos de um grupo com forte poder financeiro ou para somar a uma base governante, sem que esse novo partido tenha qualquer vocação ao poder real. Isso ainda acontece no Brasil, 29 partidos é um óbvio exagero, já que na prática você tem apenas 5 ou 6 em condições de disputar o poder.

    O pluripartidarismo é algo realmente estranho aqui. O Brasil está lotado de partidos que dividem a mesma ideologia, só de partidos comunistas já há vários, de esquerdistas moderados há outros vários, e de conservadorismo já há outros vários. Pra mim já está mais que na hora de se organizar esse pluripartidarismo. Não precisa ser nenhum EUA, mas também sem ter mais de 20 partidos.

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