Teoria da argumentação.
-“Porque quem da á ultima palavra, nem sempre é o que tem a razão.”
Voltei ao Você-Sabe-Qual-Site há certo tempo, somente porque na ODD tinha uma conversa sobre copias e tal. Entrei para ver como anda o lugar. Como sempre tópicos de religião. Resolvi matar a saudade e ler um pouco os posts, não resisti e botei um post. Mas logo levei um post do usuário Roberblog. Tive que ler algumas vezes para entender o escrito e postar, ele mantinha uma forma de argumentação falaciosa. Perguntei ao Mig, que é um ateu que mantêm os posts por aqui, e ele me avisou é “troll”. Ok.
Como tenho conhecimento razoavelmente alto em argumentação e religião, não demorou muito para ter o pensamento “estou perdendo meu tempo, esse cara ta querendo tirar com a minha cara.” Mas certas pessoas não sabem as armadilhas e os erros da argumentação. E mesmo que não tenha um bom conteúdo no assunto, que também ajuda a perceber quando alguém está falando besteira como o usuário citado, consiga perceber quando o usuário está jogando coisas no ar.
Como tenho conhecimento razoavelmente alto em argumentação e religião, não demorou muito para ter o pensamento “estou perdendo meu tempo, esse cara ta querendo tirar com a minha cara.” Mas certas pessoas não sabem as armadilhas e os erros da argumentação. E mesmo que não tenha um bom conteúdo no assunto, que também ajuda a perceber quando alguém está falando besteira como o usuário citado, consiga perceber quando o usuário está jogando coisas no ar.
Primeiramente, uma argumentação tem algumas características necessárias.
• Linguagem Clara → Ter uma boa estrutura textual e boa pontuação é essencial, pois o argumentador tem que ser entendido. A mesma regra serve para as expressões. Usar palavras em latin, ou bem puxadas podem até parecer ter um ar intelectual ao texto, mais o efeito acaba sendo o inverso.
Lembre-se a língua foi feita para ser compreendida. Se quiser usar um termo mais rebuscado, tenha certeza que o grupo vai entender – usar expressões jurídicas com advogados ou uma palavra que contexto explica nitidamente seu termo. Como ”sentir-se inebriado de tanto que bebe.”– ou explique-a logo em seguida.
Um texto cheio de palavras complexas e pontuações inadequadas – pouco ponto, muita vírgula. Sem parágrafo, muita reticência e etc. – alem de ser pouco legível, pode ser considerado chato ou dar dor de cabeça. Se alguém reclamar do modo que você escreveu, peça desculpa e tente por do jeito que ele pediu. Assim ele consegue te entender melhor, ou a birra com seu modo de escrever perde a força.
• Estrutura → Como uma redação, em um argumento textual, você tem que usar de um certo molde estrutural. Como a dissertação. Uma introdução, desenvolvimentos (pontos de argumentos) e conclusão. A conclusão pode não ser necessária, visto que você estará esperando replicas e respostas da pessoa.
Fica mais ou menos assim:
Introdução – O que você vai abordar ou um comentário sobre os argumentos anteriores.
Desenvolvimento – Argumentos ou contra-argumentos. A idéia é que cada parágrafo represente um argumento ou um contra argumento.
Conclusão – Visto os últimos argumentos. Sua opinião.
• Conhecimento/fonte → Esse é o mais extenso possível. Pois um vicio de estrutura ou linguagem, pode ser sanado com um esforço de leitura ou um pedido para quem escreve. Esse temos erros até propositais.
Vou começar com o básico. As falácias mais comuns a serem usadas.
1. Apelo à autoridade anônima → “Os peritos dizem que o aborto é a melhor opção em caso de gravidez precoce."
Quando se faz uma afirmação que alguém diz, se dá a fonte da afirmação dela. Um texto ou um livro que ela mesmo faz essa afirmação. Normalmente existe sempre uma diferenciação e poucos são os assuntos em que todos os catedráticos concordem totalmente entre si. Nesse caso, sites/revistas/monografias e livros que servem como o conselho ou representante dos profissionais são as únicas fontes possíveis.
Por exemplo: Os médicos consideram o crack uma droga perigosa. TANTO QUE O CFM (Conselho Federal de Medicina) tenta combatê-lo.
http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21894:crack-medicos-trabalham-em-diretrizes-para-assistencia-integral&catid=3
Nota: Por á pagina inicial de um site, sem dizer onde procurar significa, no mínimo, que o rapaz não faz questão de comprovar o que falou. A fonte é nula, quando não se pode confirma o que ela fala.
2. Apelo ao Preconceito → “Um religioso não sabe usar da metodologia cientifica para falar aqui” ou “Um ateu é um depravado moral, não tem direito de me criticar”
Essa falácia é meio termo. Porque de certa forma ela pode até conter uma razão embutida. Um nerd bv, não pode falar como é transar com alguém. Justamente por nunca ter transado com alguém.
Mas isso é uma generalidade. Pode ser que um nerd bv saiba como é transar com alguém por estudos e conhecimento.
Nota: Em vez de atacar o que a pessoa é. Crie o nexo, ou peça para que o que argumentou explique o porquê.
Será essa explicação que irá dar validade ou não para o apelo ao preconceito. Normalmente ela não dá validade.
3. Argumento ao ridículo → “ Se a teoria da relatividade estiver certa, quando mais se corre mais fica pesado, um gordão vai quebrar a esteira na próxima vez que correr. “
Ele não se aprofunda no argumento. Ele pegar o conceito geral e por um exagero ou comparação faz um comentário absurdo, a fim de ridicularizar o argumento.
Cada caso tem que ser analisado. Quanto maior a sua velocidade, mais força você deve imprimir para se deslocar e aumentar a velocidade. Não significa que ao correr você pensando, 60 kg, terá 90.
Nota: A regra aqui é explicar e mostrar que isso foi um exagero cometido por ele. Use bastante detalhe e seja o mais didatico possivel.
4. Argumento ao antigo/e a maioria → “Sempre foi assim, se até agora está assim, não pode estar errado” e “Todos acreditam que o problema é esse, acha que eles estão errados?
Esses dois argumentos, nem ao menos falam sobre o núcleo ou sobre o que a pessoa argumentou. Apenas falam que sempre foi assim ou que muitas pessoas acreditam. Isso não invalida o argumento.
Nota: Cite exemplos de casos que foram alterados ao longo da historia, mesmo todos acreditam o contrario.
5. Diversionismo/malabarismo ou enfeite → “ Os Roma surgiu A.C, teve vários imperadores, dentre eles Nero que queimou metade da capital. No livro de historia de Pedro Pieto e Marcelo Alexandre, eles são considerados o povo mais promiscuo existente e seus casamentos eram puramente políticos. Por isso seu argumento é invalido.”
Dar vários dados, ilustrar o argumento é importante, mas se você apenas ilustra e não dá um nexo entre o argumento e o motivo do por que ele ser invalido. As palavras ficam suspensas no ar. O usuário que citei, usa e abusa desse vicio de argumento. Algumas vezes inventa certas coisas. Mas o nexo fica faltando. A grande dica é que, no final ou no inicio a pessoa sempre fala “provo que é invalido. Por isso o argumento é ridículo”
É necessário que ele afirme que o argumento é ruim para que as informações jogadas no ar representem a favor dele.
6 – Ad Hominiem → “Você fica inventando coisa e se mostra apenas um curioso. Procure se informar antes de falar qualquer coisa aqui.”
Aqui é simples, e fácil de notar. Ele não comenta o nexo dos argumentos, ele vai direto ao que argumenta. E o desqualifica. Pergunte o qual o nexo que os enfeites fazem para desqualificar o que ele falou.
Em resumo. Quando a pessoa não reclama sobre o nexo do argumento, a motivação, ele está se esquivando. Ele pode atacar a fonte “Wikipédia é uma droga”, pode atacar o que argumenta “ Você é um capitalista burguês que fala coisa com coisa”, ao argumento sem tocar no seu núcleo “ teoria inútil, que não serve pra nada” ou usar-se de simples esquiva (diversionismo).
Dicas para uma boa argumentação:
Vá direto ao nexo do assunto. Na lógica do argumento. Quando usar de detalhes científicos, prove com fontes ou mostre quando pedirem. Não tente usar palavras difíceis. Se não souber estruturar um texto com eficiência ponha a sua opinião numa folha, ponha o que te levou a essa opinião.
A opnião é sua introdução. O que levou a ela será o desenvolvimento. Cada item, cada parágrafo. E a conclusão é o comentário sobre o que você escreveu.
Mas a maior que dica é, certos usuarios são troll ou ignorantes por natureza. E o debate inteligente é impossivel. Nesse caso, ignorar é a unica arma possivel. Foi o que fiz com o usuario que citei e é o que recomendo em casos em que você percebe que usuario comete varias falacias em um unico post.
Ta ai as minhas dicas.
Agora, me ajudem com a votação. Devo por isso no tibeabr?