Usemos da seguinte analogia:
Seu condomínio começa a receber vários moradores, donos de pastelaria. Eles tem criação de ratos para comer, não limpam a casa o que faz um odor terrível, deixam o lixo do lado da porta em vez de levar para os latas de lixo correta, ocupam mais vagas do que as lhe são permitida e por fim alguns usufruem dos benefícios do lugar como piscina, sauna e etc sem pagar o condomínio.
Em determinado tempo eles assumem uma porcentagem significativa, chegando aos 40% ou 50%. O cheiro começa a incomodar, o condomínio começa a ficar sem verba, alguns ratos começam a surgir por todo ambiente, e claro os inadimplentes continuam usando das coisas do condomínio.
Existe o sindico, ele tem que expulsar os inadimplentes, criar regras e multas para aqueles que deixam o lixo fora do local correto, dar um jeito para que não sejam mais criado ratos no condomínio e limitar o numero de vagas por morador.
Poderia para por aqui e falar que o sindico é o estado, inadimplentes são imigrantes ilegais e tal. Mas vamos continuar o pensamento:
O sindico não quer fazer nada, a contingência de donos de pastelaria é tão alto que ele não consegue imprimir novas regras e nem por moradores na justiça. E você morador que cresceu ali, acreditando que viveria ali até o final dos seus dias não consegue fazer nada. Só vê seu patrimônio se deteriorando.
Daí surgi à lógica do ódio. Capit? O ódio tem uma lógica assim como todo sentimento humano. O que não tem lógica certa é o preconceito.
Preconceito é uma atribuição, podendo chegar até a raiva. Normalmente o preconceito surgi do aprendizado. Ou pela família ou pela própria sociedade. Você dá a todos esse tipo de característica. O preconceito é feito antes do conceito e é genérico. Todo X é Y. Diferente do Conceito.
Agora vamos lá, na analogia o que resta ao morador inconformado é a justiça ou mudar-se. Nenhuma das duas é válida para um Estado.
O Estado é uma entidade protetora feita para proteger determinado grupo de indivíduos que habitam mesmo território, possuem mesma cultura e língua. Ele vai proteger todos os seus componentes. Como o Leviatã ele protege o fraco do forte, e seus protegidos dos desgarrados.
Varia de Estado para Estado o tipo de proteção e sua concepção de seu cidadão (o protegido). Países que não possuem muita identidade desenvolvida, adotam Jus Sanguinis (que descende dos meus, é meu) e Jus soli (quem nasce em meu território é meu).
Mas em países onde surgiu a concepção de Estado e existe uma grande identidade, só é protegido o descendente dos seus criadores. (Jus sanguinis)
Estrangeiros que moram legalmente na terra do Estado são como se tivessem o seguinte trato: “Se você gosta dos meus protegidos, promete ser iguais a eles, e não os faz mau, eu te protejo. Mas entre você ou ele. É ele.”
Todo Estado é assim. Estrangeiros naturalizados podem usufruir quase tudo no Brasil. Mas outras coisas são proibidas a eles. Como a presidência, e alguns concursos públicos, por exemplo.
Então na verdade o xenofobismo de pessoa para pessoa é condenável. Mas uma ação Estatal de extradição de estrangeiros é livre exercício da Soberania do Estado, e nenhum outro estado pode se meter se não for relativo aos seus tratados. E mesmo assim varia a ação de cada um. Nesse caso, seria o cancelamento do tratado de acesso. Então um não aceitava estrangeiros do outro.
Tem pessoas que defendem que a imprensa (olha o bob ae) não deve ter nenhuma limitação. Mas na verdade ela, como tudo, exceto uma coisa, deve ser limitada pelo estado. E essas coisas é o poder do povo. Quem é o povo? Para França o povo é o descendente dos Franceses.
Entenda que pela visão funcional o Estado Frances tomou uma medida até condizente. O intuito dela não é expulsar os mulçumanos (talvez alguns saiam), mas sim evitar que a cultura francesa comece a definhar. Nesse caso seria a questão visual de chegar na Praça da Concórdia e ver de cada 10 pessoas, 4 estão de burca. E quem já foi a França sabe como o sentimento pátrio deles é forte a ponto de cantar o hino depois de um filme nacional ou se recusarem a falar outra língua que não Frances em seu solo.
Se for hipócrita, por parte da França, pode ser. Mas ta compreensível com a função Estatal. E pelo ponto moral do xenofobismo e tal. Acho errado o preconceito, mas nesse caso existe uma motivação tão boa quanto. Nada justifica uma ação criminosa. Mas ai não foi tão criminoso assim. Todos nós faríamos o mesmo, com poucas exceções.
E os mulçumanos não estão lá só porque o país é rico se comparado com o seu. Pelo menos na Espanha foi devido a uma guerra a qual a Espanha perdeu o território e só chegou a recuperá-lo muito tempo depois.
E sei que gostaríamos que os Ricos ajudassem todos os países pobres, principalmente os explorados por eles. Mas os mulçumanos não são bem esse caso, e infelizmente o que vale é cada Estado protege os seus antes de ajudar qualquer outro.