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    O texto que eu gostaria de ter escrito

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    O texto que eu gostaria de ter escrito - Página 2 Empty O texto que eu gostaria de ter escrito

    Mensagem por Convidado 2010-11-08, 3:28 pm

    Relembrando a primeira mensagem :

    Sobre eleições, nordestinos e afins.

    Por Ricardo Moraleida | Publicado:1 de novembro de 2010

    <BLOCKQUOTE>
    Este texto foi escrito para uma amiga querida, que eu não vejo há tempos. Eleitora da Marina no primeiro turno e de Mr. Burns no segundo, fez alguns comentários irritados sobre os nordestinos hoje, ao que eu respondi perguntando se ela acreditava mesmo que a crítica era justa e indicando o eterno artigo da Maria Rita Kehl. Infelizmente ela me disse que não queria continuar a discussão, então não tive como responder à sua crítica e ao seu desapontamento por eu usar um discurso de “intelectual de esquerda” e a “mentalidade de encher os pobres de benefícios”.
    Aqui vai, amiga, espero que você me entenda melhor depois disso:</BLOCKQUOTE>
    É muito ruim ver gente que eu gosto muito entrando nessa onda de desqualificar o voto dos pobres, dos nordestinos, dos beneficiados por programas sociais que efetivamente melhoraram as condições de vida deles. É muito triste você achar que o nosso voto deveria valer mais que o deles porque nós estudamos, tivemos acesso ao conforto e à vida digna. Me desculpe a comparação, mas propor separar o nordeste à força é mais ou menos como propor criar uma nova Angola lá, pelo bem de criar uma nova Suíça aqui, é realmente isso que você quer? É esse o conceito de justiça social que você defende?

    Eu fiz campanha, nesses últimos meses, com convicção de qual era o futuro que eu quero pro meu país. E vou continuar fazendo política de agora em diante, no meu papel intransferível de cobrar do novo governo tudo que ele prometeu, com todos os problemas que ele tem e que ele com certeza terá. Não foram os nordestinos que elegeram a Sra. Presidenta. Fui eu, foram 60% dos habitantes do Rio de Janeiro, foram 45% dos habitantes de São Paulo, foram os meus amigos da classe média, foram os novos universitários do país inteiro, 55 milhões de pessoas. Aliás, se o Nordeste inteiro não tivesse votado, ainda assim Sra. Presidenta teria 1,8 milhões de votos a mais.

    Mas eu gosto muito de você, e gostaria muito, muito, de pensar que os seus últimos comentários foram só a força emotiva de o seu candidato não ter ganhado, gostaria muito de saber que você não pensa exatamente assim. E gostaria muito que você me acompanhasse na fiscalização séria e respeitosa ao governo que foi democraticamente eleito.

    Não sou intelectual, nem mesmo um acadêmico. Sou um micro-empresário, um cara que preza o capitalismo e a possibilidade de trabalhar duro e melhorar de vida que ele me dá. Sou um cara extremamente grato à minha família por ter me dado todas as condições pra que eu pudesse estudar, trabalhar e viver por meus próprios esforços. E sou um cara correto, que pago os meus impostos em dia e registro minhas notas fiscais com a mesma diligência que leio as notícias e cobro soluções dos candidatos eleitos. Que faço campanha com a mesma militância que, ao perceber que minha escolha nessas eleições foi errada, irei às urnas em 4 anos exigir a mudança necessária, ou, se o improvável apocalipse acontecer, irei às ruas exigir a deposição da mandatária.

    Mas nós somos privilegiados. Somos as frutos de uma sociedade extremamente desigual que se valeu e ainda se vale dos seus oprimidos para garantir os nossos privilégios. A prova máxima do nosso privilégio é que tem muita gente que trabalha tão duro quanto nós, e mais duro ainda, e ainda assim não consegue nosso padrão de vida. É esse o problema que a política atual tenta solucionar.

    Eu e você não precisamos do governo simplesmente porque a carga tributária pode continuar subindo e ainda assim vamos conseguir manter o nosso padrão de vida – ou vamos tranquilamente tirar nossos vistos e nos mandar pra um país desenvolvido qualquer. Os mais pobres não, e enquanto nós não tivermos uma sociedade igualitária, o governo não pode deixar que o capitalismo de mercado seja livre pra engolir a quem bem entender – nem depois, os EUA estão sofrendo as consequências disso até hoje. Mas fique feliz, BH e algumas outras capitais caminham para atingir esse ano o nível de emprego pleno, ou menos de 6% de desemprego – estamos no caminho certo.

    Eu acho que você é uma pessoa bem informada, você sabe os valores pagos pelos programas que você chama de assistencialistas e as condições que são colocadas pra que as pessoas se tornem beneficiadas tão bem quanto sabe o valor da bolsa da Capes que recebeu durante o seu mestrado em uma Universidade Pública de conceito 7, paga com impostos de pobres e ricos [url=http://exame.abril.com.br/economia/politica/noticias/Sra. Presidenta-estrutura-tributaria-brasil-caotica-580705]desigualmente[/url]. Você sabe que é impossível uma família viver só de Bolsa-família ou de Pronasci assim como sabe como é difícil para nós viver só de bolsa. Você sabe que 4,8% da nossa população ainda vive com menos de 2 dólares por dia – e que eles eram 12% até 2003 e ainda são 9,6 milhões de pessoas. E eu não acredito que você quer competir ‘em igualdade de condições’ com alguém cuja renda é de R$ 306 por mês.

    Eu sei que você enxerga que para eles, o teto do bolsa-família representa 65% a mais na renda mensal – e ainda não é suficiente para chegar ao salário mínimo. Eu espero que você imagine o tanto que é preciso ser pobre pra isso. Eu sei que você, como uma boa admiradora de coxinhas, sabe que eles precisam estudar e trabalhar, mas que a fome que eles sentem todos os dias e a preocupação em não deixar suas mães, filhos e netos comerem papelão ou aceitarem[url=http://blogdosakamoto.uol.com.br/2010/08/25/Sra. Presidenta-assina-compromisso-contra-o-trabalho-escravo/] trabalho análogo à escravidão[/url] não é exatamente uma boa companheira de jornada.

    É verdade, os programas assistenciais do governo dificultam a vida da classe média. Não é mais possível contratar uma empregada por menos do que um salário mínimo, e fica mais difícil a cada aumento anual acima da inflação. Não é mais possível pagar menos do que R$ 30 por dia pra uma diarista – nas regiões mais ricas, não é mais possível pagar menos de R$ 80! No meu apartamento no Rio, pago R$ 105 por um dia de faxina*. E fico feliz que as filhas da minha faxineira não vão precisar limpar a casa de ninguém pra viver, fico feliz que elas conheçam hoje o computador que eu conheci em 1997. Elas até poderão escolher viver como diaristas um dia, mas que seja por um salário que lhes garanta uma vida digna.

    Fico feliz que os meus filhos tenham que competir com os filhos da minha faxineira, porque isso vai exigir deles que não fiquem sentados sobre os privilégios que eu herdei e eles herdarão de mim, espero ser capaz de passar para eles a hombridade necessária pra que reconheçam que o dinheiro que nós temos é igual ao que os outros têm, e muitas vezes vem muito mais facilmente para nós do que para eles.

    Mas se pra isso for necessário que esses pobres TAMBÉM “mamem nas CARALHÕES CÓSMICOS do governo” por algum tempo, so be it – nós, os 10% mais ricos do país, já fazemos isso há muito tempo com o nosso sistema tributário injusto, com nossas bolsas de estudos no exterior, com os descontos no Imposto de Renda porque escolhemos pagar por escolas particulares e com a sonegação recorde, pura e simples.

    Enquanto isso, cidades inteiras estão saindo da miséria porque o governo resolveu que era preciso partir o bolo pra que ele crescesse, resolveu entender que a lógica perversa da exclusão precisava ser resolvida de imediato, e resolveu que pra isso bastaria injetar uma parte do que eu pago de impostos na economia deles, resolveu que não ia cobrar dos lavradores do inteiror pra instalar os postes de luz que eu não paguei pra ter na cidade, resolveu que não ia dar vale-quentinha porque pobre tem que comer mas também tem que vestir, tem que ter lazer, tem que ter transporte e tem que ter a dignidade que só o controle sobre o próprio dinheiro nos dá.

    Apoiar essa política não é ser intelectual, mas é ser de esquerda. E ser de esquerda é, antes de qualquer coisa, ser partidário da igualdade social.

    Ao invés de me indignar com os beneficiários dos R$22 a R$200 mensais que alimentam, vestem e compram materiais escolares para famílias inteiras, com os beneficiários do microcrédito da Caixa, que montam as empresas que vão competir com a minha, prefiro direcionar o meu rancor à parcela dos 10 milhões de concurseiros de classe média e ricos, ávidos por uma boquinha nessas mesmas CARALHÕES CÓSMICOS, caçando vagas com salários de R$ 2 a R$ 15 mil com o objetivo único de garantir os próprios privilégios pagos, estes sim, com a riqueza que eu gero com o meu negócio honesto.

    Vivemos num país capitalista, mas isso não significa que precisamos viver num capitalismo individualista, egoísta, em que cada um protege o seu e fecha os vidros com insulfilm pra não ver a miséria na rua. Morar em cidades grandes, como diz o Alex, nos dá uma carcaça grossa e insensível. É por isso que precisamos nos esforçar pra lutar por uma realidade diferente. É o que o Brasil está fazendo em escalas jamais vistas, dando a oportunidade de os seus cidadãos terem o mínimo necessário de dignidade para viver.

    Foi por isso que eu e mais 55 milhões de brasileiros – [url=http://www.futepoca.com.br/2010/11/Sra. Presidenta-venceria-mesmo-sem-o-nordeste.html]somente 18,3 milhões no Nordeste[/url] – elegemos ontem a nossa 1ª presidenta.

    * Eu pagava R$100 para a faxineira. Até o dia que ela me contou que se pegasse o trem chegaria 1h mais rápido no trabalho e 1h mais rápido em casa. Com R$ 5 reais ela ganhou duas horas úteis a mais no dia – o dinheiro é consumido igual, ela continua ganhando o mesmo, mas o que você daria para ter mais 2 horas por dia?

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    Mensagem por Convidado 2010-11-10, 9:01 am

    Não sei porque escrevo tanto. O cara me responde com tudo o que já falei em outro post. E depois a classe mérdia que é inteligente pra caralho.

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    Mensagem por Convidado 2010-11-10, 1:15 pm

    Não sei porque começei essa discução, não adianta falar sobre politica.

    Triste.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-10, 1:51 pm

    Chuck 22 escreveu:Não sei porque começei essa discução, não adianta falar sobre politica.

    Triste.

    De nada.

    Volte sempre.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-10, 2:02 pm

    Bob Joe escreveu:
    Chuck 22 escreveu:Não sei porque começei essa discução, não adianta falar sobre politica.

    Triste.

    De nada.

    Volte sempre.

    Não sairei.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-10, 4:46 pm

    Poncheis escreveu:@Bob Joe:

    É, o cara que escreveu esse texto não explicitou que ponto de "igualdade social" ele falava. Mas você pode estar certo que ele se referia a igualdade de oportunidade. Mas aí eu fico desconfiado, se ele falasse de igualdade de oportunidade, ele explicitaria isso no texto, ao invés de falar de igualdade social, que é algo um pouco diferente.

    Esqueci de te responder, Porcheis.

    Bom, quando eu li a primeira vez eu também achei. mas depois vi que o cara fala que é um empresário e adora o capitalismo. Então seria meio contra-senso querer igualdade nos moldes comunistas. Esse termo "igualdade social" é algo bem abrangente.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-10, 7:44 pm

    Eu também li isso, e foi exatamente isso o que estranhei. Mas você deve estar certo. O exato mesmo é que meu ponto de vista está errado, já que seria uma contradição bem foda essa.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-15, 10:49 am

    Tezca escreveu o texto que gostaria de ter escrito. +1

    Realmente, o sujeito do texto cagou em dizer "Os mais pobres não, e enquanto nós não tivermos uma sociedade igualitária, o governo não pode deixar que o capitalismo de mercado seja livre pra engolir a quem bem entender – nem depois, os EUA estão sofrendo as consequências disso até hoje." Se tem uma coisa que falta nesse país é exatamente o capitalismo de mercado.Essa mania de pensar que no Estado como se fosse um "leviatã benevolente" é besteira, coisa de esquerdinha que faltou nas aulas de economia.

    Quanto ao voto dos pobres: O maior ponto aqui não é como eles vão votar, mas sim como o governo pode foder eles. Não ter direito ao voto significa que o governante não precisa prestar contas para essa parcela da população. E o que você acha que acontece quando o governo literalmente pode fazer o que quiser com essa parcela da população? Já adianto que não é nada muito bonito de se ver. Como disse anteriormente, parem com essa mania de que o Estado é bondoso. O Estado é formado por pessoas, e, diga-se de passagem, por pessoas de caráter dúvidoso.

    "Mas se pra isso for necessário que esses pobres TAMBÉM “mamem nas CARALHÕES CÓSMICOS do governo” por algum tempo" <- Só eu ri com essa porra? pqp
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    Mensagem por Convidado 2010-11-15, 12:02 pm

    Xico escreveu:Tezca escreveu o texto que gostaria de ter escrito. +1

    Realmente, o sujeito do texto cagou em dizer "Os mais pobres não, e enquanto nós não tivermos uma sociedade igualitária, o governo não pode deixar que o capitalismo de mercado seja livre pra engolir a quem bem entender – nem depois, os EUA estão sofrendo as consequências disso até hoje." Se tem uma coisa que falta nesse país é exatamente o capitalismo de mercado.Essa mania de pensar que no Estado como se fosse um "leviatã benevolente" é besteira, coisa de esquerdinha que faltou nas aulas de economia.

    Ter um capitalismo de mercado implementado é assinar um contrato de arcar com as crises cíclicas do capitalismo na linha de frente. Fazer isso em um país que ainda tem gente morrendo de fome e miseráveis é exterminar essas pessoas, porque se tem uma coisa certa nas crises capitalistas é que elas são cruéis com as partes de baixo da pirâmide.

    Eu sou a favor do capitalismo de mercado, mas considero burrice qualquer tentativa de fazer isso sem levar em conta o fator social. Se você reparar bem, toda implementação desse modelo nos países de primeiro mundo foi precedida de grandes reformas estruturais e uma preocupação enorme com o social (se bem que boa parte dessas reformas na Europa vieram de um estado de pós-guerra e não de benevolência de governos ou conquistas sociais do povo). Não é preciso lembrar aqui do Wellfare State nos EUA (e em quase toda Europa que hoje temos como desenvolvida) e o National Health Service e toda a reforma do governo Churchill, na Grã-Bretanha.

    Aliás, o Wellfare State é uma manga que todo neo-liberalista tem que chupar antes de querer botar em prática seu modelo em um país subdesenvolvido ou emergente.


    Xico escreveu:Quanto ao voto dos pobres: O maior ponto aqui não é como eles vão votar, mas sim como o governo pode foder eles. Não ter direito ao voto significa que o governante não precisa prestar contas para essa parcela da população. E o que você acha que acontece quando o governo literalmente pode fazer o que quiser com essa parcela da população? Já adianto que não é nada muito bonito de se ver. Como disse anteriormente, parem com essa mania de que o Estado é bondoso. O Estado é formado por pessoas, e, diga-se de passagem, por pessoas de caráter dúvidoso.

    Concordo com sua colocação sobre o voto, mas creio que em nenhum momento no texto se fala em Estado bondoso, mas sim em estado justo e em um conceito de justiça social. E Justiça não é algo ligado à concepções de bem ou mal. Mas o Estado tem que servir ao povo e não o contrário.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-15, 12:55 pm

    Bob Joe escreveu:
    Xico escreveu:Tezca escreveu o texto que gostaria de ter escrito. +1

    Realmente, o sujeito do texto cagou em dizer "Os mais pobres não, e enquanto nós não tivermos uma sociedade igualitária, o governo não pode deixar que o capitalismo de mercado seja livre pra engolir a quem bem entender – nem depois, os EUA estão sofrendo as consequências disso até hoje." Se tem uma coisa que falta nesse país é exatamente o capitalismo de mercado.Essa mania de pensar que no Estado como se fosse um "leviatã benevolente" é besteira, coisa de esquerdinha que faltou nas aulas de economia.

    Ter um capitalismo de mercado implementado é assinar um contrato de arcar com as crises cíclicas do capitalismo na linha de frente. Fazer isso em um país que ainda tem gente morrendo de fome e miseráveis é exterminar essas pessoas, porque se tem uma coisa certa nas crises capitalistas é que elas são cruéis com as partes de baixo da pirâmide.

    Eu sou a favor do capitalismo de mercado, mas considero burrice qualquer tentativa de fazer isso sem levar em conta o fator social. Se você reparar bem, toda implementação desse modelo nos países de primeiro mundo foi precedida de grandes reformas estruturais e uma preocupação enorme com o social (se bem que boa parte dessas reformas na Europa vieram de um estado de pós-guerra e não de benevolência de governos ou conquistas sociais do povo). Não é preciso lembrar aqui do Wellfare State nos EUA (e em quase toda Europa que hoje temos como desenvolvida) e o National Health Service e toda a reforma do governo Churchill, na Grã-Bretanha.

    Aliás, o Wellfare State é uma manga que todo neo-liberalista tem que chupar antes de querer botar em prática seu modelo em um país subdesenvolvido ou emergente.


    Xico escreveu:Quanto ao voto dos pobres: O maior ponto aqui não é como eles vão votar, mas sim como o governo pode foder eles. Não ter direito ao voto significa que o governante não precisa prestar contas para essa parcela da população. E o que você acha que acontece quando o governo literalmente pode fazer o que quiser com essa parcela da população? Já adianto que não é nada muito bonito de se ver. Como disse anteriormente, parem com essa mania de que o Estado é bondoso. O Estado é formado por pessoas, e, diga-se de passagem, por pessoas de caráter dúvidoso.

    Concordo com sua colocação sobre o voto, mas creio que em nenhum momento no texto se fala em Estado bondoso, mas sim em estado justo e em um conceito de justiça social. E Justiça não é algo ligado à concepções de bem ou mal. Mas o Estado tem que servir ao povo e não o contrário.

    Quanto a parte do voto, não estava me referindo ao texto. Eu estava me referindo à discussão que vi um pessoalzinho ai fazer, de "x grupo não deve votar" e coisa do tipo. Dai basta lembrar que o voto é um dos instrumentos de controle sobre o Estado. Logo, seria ilógico pressupor que sem esse controle o Estado vai tratar bem eles.

    Quanto ao Estado benevolente na primeira parte, não estou falando de justiça ou coisa do tipo. Estou falando de depender muito do Estado. Como falei, o Estado é bem ineficiente e corrupto, depender dele é pedir para se ferrar. E, infelizmente, o que mais vejo é aquele discurso utópico em que o Estado miraculosamente se tornaria eficiente e daria tudo o que todo mundo quer, mas se esquecem que um Estado muito grande não só não da conta de tudo como também é mais difícil de se controlar.

    Não sou contra o welfare state per se, muito menos sou neoliberal ou anti-programas sociais. Mas meu questionamento é quanto ao tipo de welfare state que queremos, e que valor deve ser atribuído à ele. Se minha ignorância não me impediu de entender bem o texto, eu diria que ele ao menos deixa claro que não é contra o capitalismo de mercado, mas também me parece que ele vê a necessidade de tirar esse pessoal do mercado ara protegê-lo. Não vejo assim. Ai volta ao tipo de welfare, um que deve "proteger" ou um que deve "preparar"? Claro que para preparar é necessária alguma proteção, mas apenas a proteção por tempo indeterminado é, na minha opinião, um tiro no próprio pé. Ao menos para um Estado deficitário igual ao Brasil.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-15, 1:30 pm

    Xico escreveu:Não sou contra o welfare state per se, muito menos sou neoliberal ou anti-programas sociais. Mas meu questionamento é quanto ao tipo de welfare state que queremos, e que valor deve ser atribuído à ele. Se minha ignorância não me impediu de entender bem o texto, eu diria que ele ao menos deixa claro que não é contra o capitalismo de mercado, mas também me parece que ele vê a necessidade de tirar esse pessoal do mercado ara protegê-lo. Não vejo assim. Ai volta ao tipo de welfare, um que deve "proteger" ou um que deve "preparar"? Claro que para preparar é necessária alguma proteção, mas apenas a proteção por tempo indeterminado é, na minha opinião, um tiro no próprio pé. Ao menos para um Estado deficitário igual ao Brasil.

    Tudo isso eu concordo mas não vejo somente uma política de proteção acontecendo. Proteção seria aplicar um modelo assistencialista sem exigir uma contra-partida, e isso não acontece no Bolsa-Família hoje. A família precisa ter crianças na escola, precisa provar a condição de pobreza e há acompanhamento social em muitos casos (não na totalidade por falhas administrativas típicas do país). O negócio é que o "wellfare state" brasileiro não está lidando somente com um pós-crise como aconteceu no modelo americano. Está lidando com um condição secular de miséria e exploração, pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza e passam fome em regiões afastadas do poder público, coisa que nem no pós guerra Europeu acontecia na proporção que tínhamos antes de 2002. Também não vejo esse modelo de ajuda infinita e não sei de onde as pessoas inferem isso. Existe um projeto e o Lula sempre deixou claro que o objetivo era erradicar a miséria e a fome no Brasil, condições inaceitáveis em um modelo de produção industrial tão grande em que vivemos. Estamos perto disso, mas ainda não chegamos lá. Um ultimo ponto é que não há retirada de pessoas do mercado por conta de projetos assistencialistas e de transferência de renda. O emprego formal aumentou nos últimos anos e o nível de aderência do mercado de pessoas que recebem o Bolsa-Família é alto, o que faz o programa ser elogiado pela ONU. É bom lembrar que essas são as imputações da política social. Modelos educacionais, por exemplo, não entram nessa conta, não há como melhorar a Educação com modelo social. Essa é uma outra história.

    A verdade é que o mercado é um cavalo selvagem. Para você tirar as rédeas do Governo é preciso afastar as crianças e o velinhos da frente, para que eles não sejam atropelados. Isso não é bondade nem benevolência, isso é a OBRIGAÇÃO do Estado para com seu povo. E no momento ainda temos muitas crianças e velinhos. Não é justo atopelá-los em busca de um crescimento econômico que pode não acontecer e pode ser extremamente dependente de um cenário macro-econômico global favorável
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    Mensagem por Convidado 2010-11-15, 2:36 pm

    Cara, o capitalismo não é perfeito, ocorrem crises e tudo mais.
    Mas se você ver, a miséria no mundo e no Brasil não é decorrente do capitalismo ou do livre mercado e sim de estratégias ruins de um governo forte e controlador. O grande inimigo do povo nunca foi o livre mercado ou os grandes empresários e sim o governo que explora com seus impostos altíssimos e sua corrupção.
    Minha idéia é, menos impostos, menos governo. Quanto menos dinheiro na mão do governo melhor, pois menos chance há de corrupção.

    Deixar que o governo crie hospitais, por exemplo, é muito interessante na teoria, na prática se vê que os responsáveis pelo projeto transformarão um projeto de 10 milhões num de 100, roubando em tudo que é possível. No final, tanto rico e pobre perdem, o rico por ter pago impostos abusivos e o pobre por receber um hospital mal construído, propenso a infecções, filas quilométricas e médicos despreparados.

    Se os impostos não tivessem sido cobrados em primeiro lugar, os ricos teriam criado empregos, os pobres teriam ocupado tais empregos e poderiam pagar seu próprio tratamento.

    Claro, sou a favor do apoio do governo aos deficientes, crianças e idosos. Já que esses não tem capacidade de trabalhar e se sustentar.
    Também sou a favor de leis trabalhistas que protejam o trabalhador de empresários gananciosos. E sou a favor de medidas governamentais que protejam o livre mercado, leis anti-dumping, anti-cartel e monopólios.

    Como eu disse, os países pobres do mundo não são economias liberais e democráticas, são países comunistas ou ditaduras, como o Haiti.

    É claro que esse sistema pode parecer cruel para alguns, se o cara não deseja trabalhar e prefere ficar enchendo a cara de cachaça, ele não vai ter programa social para salvá-lo, ele vai passar fome e morrer. Mas assim é a natureza.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-15, 3:32 pm

    Tezcatlipoca escreveu:Cara, o capitalismo não é perfeito, ocorrem crises e tudo mais.
    Mas se você ver, a miséria no mundo e no Brasil não é decorrente do capitalismo ou do livre mercado e sim de estratégias ruins de um governo forte e controlador. O grande inimigo do povo nunca foi o livre mercado ou os grandes empresários e sim o governo que explora com seus impostos altíssimos e sua corrupção.
    Minha idéia é, menos impostos, menos governo. Quanto menos dinheiro na mão do governo melhor, pois menos chance há de corrupção.

    Deixar que o governo crie hospitais, por exemplo, é muito interessante na teoria, na prática se vê que os responsáveis pelo projeto transformarão um projeto de 10 milhões num de 100, roubando em tudo que é possível. No final, tanto rico e pobre perdem, o rico por ter pago impostos abusivos e o pobre por receber um hospital mal construído, propenso a infecções, filas quilométricas e médicos despreparados.

    Se os impostos não tivessem sido cobrados em primeiro lugar, os ricos teriam criado empregos, os pobres teriam ocupado tais empregos e poderiam pagar seu próprio tratamento.

    Claro, sou a favor do apoio do governo aos deficientes, crianças e idosos. Já que esses não tem capacidade de trabalhar e se sustentar.

    Também sou a favor de leis trabalhistas que protejam o trabalhador de empresários gananciosos. E sou a favor de medidas governamentais que protejam o livre mercado, leis anti-dumping, anti-cartel e monopólios.

    Como eu disse, os países pobres do mundo não são economias liberais e democráticas, são países comunistas ou ditaduras, como o Haiti.

    É claro que esse sistema pode parecer cruel para alguns, se o cara não deseja trabalhar e prefere ficar enchendo a cara de cachaça, ele não vai ter programa social para salvá-lo, ele vai passar fome e morrer. Mas assim é a natureza.

    Que eu saiba a grande mizéria na África se deu inicialmente por causa de multinacionais, que exploravam totalmente a população já que não existia leis de proteção ao trabalhador. Veja que cito "proteção", não é "benefício" nem nada, já que sei que neoliberais odeiam essa palavra quando ela se dirige aos mais pobres. Hoje em dia devo admitir que é culpa do governo de merda que os países na África tinham, mas a origem se deu por causa do capitalismo "selvagem". E como assim "quanto menos dinheiro na mão do governo melhor"? Eu sei que há esse papo de corrupção e talz, mas a corrupção no Brasil diminui progressivamente. E retirar poderes do estado por causa de corrupção é apenas tentar fugir do problema... o que vai ser inútil, já que os corruptos vão continuar lá, fazendo todas as merdas possíveis. O jeito é resolver esse problema de frente, não fingir que não existe.

    E quanto a esse papo de hospitais, eu mesmo prefiro ser atendido num hospital lixo que ser obrigado a pagar para entrar num hospital que vai ser lixo do mesmo modo, ou você acha que num mundo neoliberal os hospitais para pobres são tudo isso? Como disse, melhor enfrentar a corrupção de frente do quê dar dinheiro "de presente" a quem vai usá-lo para ferrar com o povo da mesma maneira.

    Isso é um paradoxo estranho, já que nos países neoliberais há uma taxa de desemprego desconfortável, enquanto nos países em que boa parte da renda está nas mãos do governo (ex: Noruega, Suécia e outros países sociais-democratas) a taxa de desemprego está lá embaixo.

    Não conheço nenhum país comunista, me cita um aê.

    Estranho... quando eu não estava banido no VSQS vi que Locke postou uma vez que mais de 80% dos que recebem bolsa família possuem emprego. E nos países socialistas, como Cuba, boa parte da população trabalha, afinal lá também se vive de salário. Se a população Cubana fosse preguiçosa, o governo já teria falido há décadas. Existe vários países com seguro desemprego também, mas nestes países, além do seguro desemprego mal servir pra viver, eles são culturalmente adaptados, como por exemplo na Noruega, onde as pessoas que vivem de seguro desemprego são mal vistas. Ninguém suporta preguiçoso em lugar nenhum.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-15, 4:38 pm

    Bob Joe escreveu:
    Xico escreveu:Não sou contra o welfare state per se, muito menos sou neoliberal ou anti-programas sociais. Mas meu questionamento é quanto ao tipo de welfare state que queremos, e que valor deve ser atribuído à ele. Se minha ignorância não me impediu de entender bem o texto, eu diria que ele ao menos deixa claro que não é contra o capitalismo de mercado, mas também me parece que ele vê a necessidade de tirar esse pessoal do mercado ara protegê-lo. Não vejo assim. Ai volta ao tipo de welfare, um que deve "proteger" ou um que deve "preparar"? Claro que para preparar é necessária alguma proteção, mas apenas a proteção por tempo indeterminado é, na minha opinião, um tiro no próprio pé. Ao menos para um Estado deficitário igual ao Brasil.

    Tudo isso eu concordo mas não vejo somente uma política de proteção acontecendo. Proteção seria aplicar um modelo assistencialista sem exigir uma contra-partida, e isso não acontece no Bolsa-Família hoje. A família precisa ter crianças na escola, precisa provar a condição de pobreza e há acompanhamento social em muitos casos (não na totalidade por falhas administrativas típicas do país). O negócio é que o "wellfare state" brasileiro não está lidando somente com um pós-crise como aconteceu no modelo americano. Está lidando com um condição secular de miséria e exploração, pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza e passam fome em regiões afastadas do poder público, coisa que nem no pós guerra Europeu acontecia na proporção que tínhamos antes de 2002. Também não vejo esse modelo de ajuda infinita e não sei de onde as pessoas inferem isso. Existe um projeto e o Lula sempre deixou claro que o objetivo era erradicar a miséria e a fome no Brasil, condições inaceitáveis em um modelo de produção industrial tão grande em que vivemos. Estamos perto disso, mas ainda não chegamos lá. Um ultimo ponto é que não há retirada de pessoas do mercado por conta de projetos assistencialistas e de transferência de renda. O emprego formal aumentou nos últimos anos e o nível de aderência do mercado de pessoas que recebem o Bolsa-Família é alto, o que faz o programa ser elogiado pela ONU. É bom lembrar que essas são as imputações da política social. Modelos educacionais, por exemplo, não entram nessa conta, não há como melhorar a Educação com modelo social. Essa é uma outra história.

    A verdade é que o mercado é um cavalo selvagem. Para você tirar as rédeas do Governo é preciso afastar as crianças e o velinhos da frente, para que eles não sejam atropelados. Isso não é bondade nem benevolência, isso é a OBRIGAÇÃO do Estado para com seu povo. E no momento ainda temos muitas crianças e velinhos. Não é justo atopelá-los em busca de um crescimento econômico que pode não acontecer e pode ser extremamente dependente de um cenário macro-econômico global favorável
    .

    Só esqueceu de um detalhe: Não falei nada sobre o bolsa família nem estou acusando o governo lula de nada.

    Como eu mesmo disse no outro post: "Se minha ignorância não me impediu de entender bem o texto, eu diria que ele ao menos deixa claro que não é contra o capitalismo de mercado, mas também me parece que ele vê a necessidade de tirar esse pessoal do mercado para protegê-lo." - Meu ponto é com o cara do texto.

    Ao menos para mim pareceu que ele deu a entender isso.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-15, 5:03 pm

    Poncheis escreveu:
    Que eu saiba a grande mizéria na África se deu inicialmente por causa de multinacionais, que exploravam totalmente a população já que não existia leis de proteção ao trabalhador.

    Uma pena que você pense isso, porque está errado. A miséria na áfrica se dá pelo fato de que eles não tem capacidade tecnológica(não há engenheiros, médicos ou advogados nativos da áfrica negra) e por terem sido derrotados e escravizados pelos europeus.As multinacionais querem ganhar dinheiro, se o país é composto de pessoas que não podem controlá-las por ainda viverem na idade da pedra é foda mesmo, elas vão escravizar, e explorar o povo.

    No Brasil no entanto, como temos governo, exército e leis as multinacionais não poderiam escravizar ninguém, teriam que pagar salário mínimo, assinar carteira, pagar FGTS, dar férias e tudo mais.
    Digo, teriam não, é o que acontece.
    Além do mais, o liberalismo favorece também as empresas nacionais, que poderão se tornar multinacionais e dominar o mundo lá fora, talvez ruim para a África, mas bom pra nós, que é o que importa.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-15, 11:23 pm

    Tezcatlipoca escreveu:
    Poncheis escreveu:
    Que eu saiba a grande mizéria na África se deu inicialmente por causa de multinacionais, que exploravam totalmente a população já que não existia leis de proteção ao trabalhador.

    Uma pena que você pense isso, porque está errado. A miséria na áfrica se dá pelo fato de que eles não tem capacidade tecnológica(não há engenheiros, médicos ou advogados nativos da áfrica negra)

    e por terem sido derrotados e escravizados pelos europeus.As multinacionais querem ganhar dinheiro, se o país é composto de pessoas que não podem controlá-las por ainda viverem na idade da pedra é foda mesmo, elas vão escravizar, e explorar o povo.

    No Brasil no entanto, como temos governo, exército e leis as multinacionais não poderiam escravizar ninguém, teriam que pagar salário mínimo, assinar carteira, pagar FGTS, dar férias e tudo mais.
    Digo, teriam não, é o que acontece.
    Além do mais, o liberalismo favorece também as empresas nacionais, que poderão se tornar multinacionais e dominar o mundo lá fora, talvez ruim para a África, mas bom pra nós, que é o que importa.

    Claro que não há, você espera que saiam gênios de algum país sem nenhuma infra-estrutura?

    Eles nunca foram derrotados pelos europeus... que eu saiba nunca houve lutas, e nas que houve, os negros saíram vitoriosos, que no caso foram as lutas pela independência. E você falou certo, se o povo vive na idade da pedra, as multinacionais vão explorá-los, claro. Aí só o estado poderia salvá-los, mas como os estados africanos tem só políticos de merda... nada ajuda lá, enfim. Os países do G8 acham que ajudam algo enviando alguns bilhões para a África, mas aquilo não ajuda o povo, só faz tornar os ricos mais ricos, só faz acentuar a desigualdade social. O jeito seria fazer uma intervenção naquela merda logo, minha ignorância não me permite achar outro modo.

    Malz, mas não consigo compartilhar de seu pensamento egoísta: "ruim pra África, mas bom pra nós, é o que importa" sabe a besteira que acabou de falar? Ou você é um imbecil ou é um trollzinho.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-16, 12:48 am

    Poncheis escreveu:Eles nunca foram derrotados pelos europeus... que eu saiba nunca houve lutas, e nas que houve, os negros saíram vitoriosos, que no caso foram as lutas pela independência.

    Você realmente precisa estudar.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-16, 8:58 am

    Xico escreveu:Só esqueceu de um detalhe: Não falei nada sobre o bolsa família nem estou acusando o governo lula de nada.

    Como eu mesmo disse no outro post: "Se minha ignorância não me impediu de entender bem o texto, eu diria que ele ao menos deixa claro que não é contra o capitalismo de mercado, mas também me parece que ele vê a necessidade de tirar esse pessoal do mercado para protegê-lo." - Meu ponto é com o cara do texto.

    Ao menos para mim pareceu que ele deu a entender isso.

    O que ele disse foi proteger os miseráveis da política de livre mercado e não do mercado. Como eu disse, tirar as crianças e velinhos da frente dos cavalos. Uma política liberalista precisa de concorrência qualitativa e quantitativa e não dá para ter isso em um país com tanta discrepancia de realidades e com a classe média ainda pequena em representatividade de consumo que temos. Essa falta de oportunidades só gera um jogo de cartas marcadas que invariavelmente leva ao bixo-papão do livre mercado, que são os monopólios. E pior, não seria um monopólio por competência ou por usar de estratégias econômicas duvidosas, como trustes e dumpings, mas sim pela falta de concorrência, o pior tipo.

    Mas, ao meu ver, o que você está confundido é achar que políticas de distribuição de renda não convergem com o livre mercado, o que não é uma verdade. Só que existem políticas sociais para cada situação e na atual situação do país é impossível bancar políticas que diminuam muito o Estado, porque estabilidade social é muito mais importante que crescimento econômico. Eu penso que o caminho para o liberalismo é um processo e não uma política de governo.


    Tezcatlipoca escreveu:No Brasil no entanto, como temos governo, exército e leis as multinacionais não poderiam escravizar ninguém, teriam que pagar salário mínimo, assinar carteira, pagar FGTS, dar férias e tudo mais.
    Digo, teriam não, é o que acontece.
    Além do mais, o liberalismo favorece também as empresas nacionais, que poderão se tornar multinacionais e dominar o mundo lá fora, talvez ruim para a África, mas bom pra nós, que é o que importa.

    A sim, até porque o Brasil é pioneiro em conquistas trabalhistas. Salve Getúlio!

    Not!


    Nada relaciona o liberalismo à diminuição de direitos trabalhistas. Esses são direitos dados por carta constitucional em qualquer país minimamente democrático. Quem fere direitos do trabalhador são governos pseudo-comunistas. A empresa opera de acordo com as leis trabalhistas do país em que está instalada. Se eu quero abrir uma empresa brasileira na China, vou seguir leis trabalhista chinesas (que provavelmente envolvem jornada de 18 horas e tortura física).

    E nada impede de se criar multinacionais de DNA brasileiro. Existem muitas empreenteiras brasileiras operando no litoral oeste da África e na Ásia. O entrave é a condição do país ser subdesenvolvido e não por ser mais ou menos aberto no sentido de regulamentação de mercado.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-16, 9:55 am

    Tezcatlipoca escreveu:
    Poncheis escreveu:Eles nunca foram derrotados pelos europeus... que eu saiba nunca houve lutas, e nas que houve, os negros saíram vitoriosos, que no caso foram as lutas pela independência.

    Você realmente precisa estudar.

    Claro que preciso. Todos que querem ser algo na vida precisam estudar. Se você não precisa estudar ou é vagabundo ou quer ficar estagnado na sua condição atual.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-16, 10:07 am

    Bob Joe escreveu:
    Xico escreveu:Só esqueceu de um detalhe: Não falei nada sobre o bolsa família nem estou acusando o governo lula de nada.

    Como eu mesmo disse no outro post: "Se minha ignorância não me impediu de entender bem o texto, eu diria que ele ao menos deixa claro que não é contra o capitalismo de mercado, mas também me parece que ele vê a necessidade de tirar esse pessoal do mercado para protegê-lo." - Meu ponto é com o cara do texto.

    Ao menos para mim pareceu que ele deu a entender isso.

    O que ele disse foi proteger os miseráveis da política de livre mercado e não do mercado. Como eu disse, tirar as crianças e velinhos da frente dos cavalos. Uma política liberalista precisa de concorrência qualitativa e quantitativa e não dá para ter isso em um país com tanta discrepancia de realidades e com a classe média ainda pequena em representatividade de consumo que temos. Essa falta de oportunidades só gera um jogo de cartas marcadas que invariavelmente leva ao bixo-papão do livre mercado, que são os monopólios. E pior, não seria um monopólio por competência ou por usar de estratégias econômicas duvidosas, como trustes e dumpings, mas sim pela falta de concorrência, o pior tipo.

    Mas, ao meu ver, o que você está confundido é achar que políticas de distribuição de renda não convergem com o livre mercado, o que não é uma verdade. Só que existem políticas sociais para cada situação e na atual situação do país é impossível bancar políticas que diminuam muito o Estado, porque estabilidade social é muito mais importante que crescimento econômico. Eu penso que o caminho para o liberalismo é um processo e não uma política de governo.


    Tezcatlipoca escreveu:No Brasil no entanto, como temos governo, exército e leis as multinacionais não poderiam escravizar ninguém, teriam que pagar salário mínimo, assinar carteira, pagar FGTS, dar férias e tudo mais.
    Digo, teriam não, é o que acontece.
    Além do mais, o liberalismo favorece também as empresas nacionais, que poderão se tornar multinacionais e dominar o mundo lá fora, talvez ruim para a África, mas bom pra nós, que é o que importa.

    A sim, até porque o Brasil é pioneiro em conquistas trabalhistas. Salve Getúlio!

    Not!


    Nada relaciona o liberalismo à diminuição de direitos trabalhistas. Esses são direitos dados por carta constitucional em qualquer país minimamente democrático. Quem fere direitos do trabalhador são governos pseudo-comunistas. A empresa opera de acordo com as leis trabalhistas do país em que está instalada. Se eu quero abrir uma empresa brasileira na China, vou seguir leis trabalhista chinesas (que provavelmente envolvem jornada de 18 horas e tortura física).

    E nada impede de se criar multinacionais de DNA brasileiro. Existem muitas empreenteiras brasileiras operando no litoral oeste da África e na Ásia. O entrave é a condição do país ser subdesenvolvido e não por ser mais ou menos aberto no sentido de regulamentação de mercado.

    é o que eu estou dizendo, em resposta ao poncheis que falou que multinacionais são do mal, como eu disse, elas são boas pro Brasil, já que elas não vão nos escravizar e talz.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-16, 10:23 am

    Tezcatlipoca escreveu:é o que eu estou dizendo, em resposta ao poncheis que falou que multinacionais são do mal, como eu disse, elas são boas pro Brasil, já que elas não vão nos escravizar e talz.

    Nunca falei que as multinacionais são do mal (pelo menos não as que se estabelecem no Brasil), até porque elas são obrigadas a seguir certos direitos trabalhistas. Mas, as multinacionais asiáticas (chinesas e dos tigres asiáticos) e africanas normalmente exploram o trabalhador. Isso é certeza, já que não há leis trabalhistas. Lá o governo dá total direito total das empresas multinacionais explorarem como quizer o trabalhador de modo que maximize os lucros, assim como manda o liberalismo. Aliás, é ainda pior que o liberalismo, já que o trabalhador ainda por cima não pode reinvidicar porra nenhuma nesses locais.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-20, 5:49 am

    Bob Joe escreveu:
    Xico escreveu:Só esqueceu de um detalhe: Não falei nada sobre o bolsa família nem estou acusando o governo lula de nada.

    Como eu mesmo disse no outro post: "Se minha ignorância não me impediu de entender bem o texto, eu diria que ele ao menos deixa claro que não é contra o capitalismo de mercado, mas também me parece que ele vê a necessidade de tirar esse pessoal do mercado para protegê-lo." - Meu ponto é com o cara do texto.

    Ao menos para mim pareceu que ele deu a entender isso.

    O que ele disse foi proteger os miseráveis da política de livre mercado e não do mercado. Como eu disse, tirar as crianças e velinhos da frente dos cavalos. Uma política liberalista precisa de concorrência qualitativa e quantitativa e não dá para ter isso em um país com tanta discrepancia de realidades e com a classe média ainda pequena em representatividade de consumo que temos. Essa falta de oportunidades só gera um jogo de cartas marcadas que invariavelmente leva ao bixo-papão do livre mercado, que são os monopólios. E pior, não seria um monopólio por competência ou por usar de estratégias econômicas duvidosas, como trustes e dumpings, mas sim pela falta de concorrência, o pior tipo.

    Mas, ao meu ver, o que você está confundido é achar que políticas de distribuição de renda não convergem com o livre mercado, o que não é uma verdade. Só que existem políticas sociais para cada situação e na atual situação do país é impossível bancar políticas que diminuam muito o Estado, porque estabilidade social é muito mais importante que crescimento econômico. Eu penso que o caminho para o liberalismo é um processo e não uma política de governo.

    Não, não estou. Aliás, no ultimo post fiz questão de dizer que meu ponto não é com o BF por conta disso. Como falei, e repito, não sou contra programas sociais ou coisa do tipo, aliás, esse nem o ponto que levanto.

    O ponto mesmo é quanto ao discurso. Defender "mais Estado" quando o Estado já é grande, é ineficiênte e deficitário. Pra quem você acha que realmente vão os benefícios quando há "mais Estado"? Quem controla o Estado, repetindo o que já disse, são pessoas. Se essas pessoas controlam uma maquina muito poderosa, é, então, muita ingenuidade pensar que eles não irão beneficiar a si.

    Oras, não é o que acontece? Basta olhar para o ensino. Temos uma educação básica pública pífia e um ensino superior público razoável, nesse modelo quem se beneficia de ter "mais Estado"? Certamente não são as 'crianças e os velhinhos'.

    Sinceramente, o que é pior, um welfare state com características protetivas, que privilegia uma pequena minoria com seus serviços públicos, relegando o restante à um sistema altamente ineficaz e dentro de um contexto altamente deficitário (valendo dizer que o maior prejudicado de um Estado deficitário é o pobre) ou incentivar, mesmo que gradualmente, a não dependência disso?

    Como falei, não estou comentando o governo lula e muito menos os programas sociais. Meu ponto é quanto ao discursinho de "O Estado tem que fazer isso, tem que fazer aquilo". Será que é isso mesmo? Se não for para ajudar, é melhor não atrapalhar... No limite onde o Estado ajuda e não atrapalha, tudo bem. Mas a partir do momento que ele se endivida para fazer merda...
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    Mensagem por Convidado 2010-11-20, 1:26 pm

    Xico escreveu:
    Bob Joe escreveu:
    Xico escreveu:Só esqueceu de um detalhe: Não falei nada sobre o bolsa família nem estou acusando o governo lula de nada.

    Como eu mesmo disse no outro post: "Se minha ignorância não me impediu de entender bem o texto, eu diria que ele ao menos deixa claro que não é contra o capitalismo de mercado, mas também me parece que ele vê a necessidade de tirar esse pessoal do mercado para protegê-lo." - Meu ponto é com o cara do texto.

    Ao menos para mim pareceu que ele deu a entender isso.

    O que ele disse foi proteger os miseráveis da política de livre mercado e não do mercado. Como eu disse, tirar as crianças e velinhos da frente dos cavalos. Uma política liberalista precisa de concorrência qualitativa e quantitativa e não dá para ter isso em um país com tanta discrepancia de realidades e com a classe média ainda pequena em representatividade de consumo que temos. Essa falta de oportunidades só gera um jogo de cartas marcadas que invariavelmente leva ao bixo-papão do livre mercado, que são os monopólios. E pior, não seria um monopólio por competência ou por usar de estratégias econômicas duvidosas, como trustes e dumpings, mas sim pela falta de concorrência, o pior tipo.

    Mas, ao meu ver, o que você está confundido é achar que políticas de distribuição de renda não convergem com o livre mercado, o que não é uma verdade. Só que existem políticas sociais para cada situação e na atual situação do país é impossível bancar políticas que diminuam muito o Estado, porque estabilidade social é muito mais importante que crescimento econômico. Eu penso que o caminho para o liberalismo é um processo e não uma política de governo.

    Não, não estou. Aliás, no ultimo post fiz questão de dizer que meu ponto não é com o BF por conta disso. Como falei, e repito, não sou contra programas sociais ou coisa do tipo, aliás, esse nem o ponto que levanto.

    O ponto mesmo é quanto ao discurso. Defender "mais Estado" quando o Estado já é grande, é ineficiênte e deficitário. Pra quem você acha que realmente vão os benefícios quando há "mais Estado"? Quem controla o Estado, repetindo o que já disse, são pessoas. Se essas pessoas controlam uma maquina muito poderosa, é, então, muita ingenuidade pensar que eles não irão beneficiar a si.

    Oras, não é o que acontece? Basta olhar para o ensino. Temos uma educação básica pública pífia e um ensino superior público razoável, nesse modelo quem se beneficia de ter "mais Estado"? Certamente não são as 'crianças e os velhinhos'.

    Sinceramente, o que é pior, um welfare state com características protetivas, que privilegia uma pequena minoria com seus serviços públicos, relegando o restante à um sistema altamente ineficaz e dentro de um contexto altamente deficitário (valendo dizer que o maior prejudicado de um Estado deficitário é o pobre) ou incentivar, mesmo que gradualmente, a não dependência disso?

    Como falei, não estou comentando o governo lula e muito menos os programas sociais. Meu ponto é quanto ao discursinho de "O Estado tem que fazer isso, tem que fazer aquilo". Será que é isso mesmo? Se não for para ajudar, é melhor não atrapalhar... No limite onde o Estado ajuda e não atrapalha, tudo bem. Mas a partir do momento que ele se endivida para fazer merda...

    Cara, concordo contigo. Um governo corrupto e ainda por cima com poder é uma das piores coisas que podem existir. Mas, se você ver bem, nem sempre os governos que têm uma grande concentração de poder são ruins, alguns até são bons... a curto prazo. Como por exemplo você pode ver as nações socialistas da URSS, China e Cuba. O que eram esses países antes do socialismo? A escória mundial, os piores países para viver, tinham educação lixo, infraestrutura lixo, economia lixo (a Rússia era um dos países mais pobres da Europa) tudo lixo. Após o socialismo, URSS e China se tornaram potências econômicas (embora a infraestrutura, educação, etc. continuasse um lixo pra população), e Cuba tornou-se um dos melhores países para viver (embora vivesse de mesada da URSS). Hoje em dia Cuba tem um índice de analfabetismo muito pequeno (uns 3% da população é analfabeta), tem um dos melhores sistemas de saúde (vi num dos filmes que foi feito pelo mesmo autor de Tiros em Columbine que os remédios cubanos custam apenas 3 libras (não passa de 10 libras), enquanto o salário médio deles é de cerca de 250 libras). O problema é que a longo prazo a situação dos países só fazem piorar, tanto que a URSS teve que se extinguir, China teve que mudar completamente a sua política e Cuba teve que abrir espaço para transnacionais (embora a culpa da crise de Cuba seja mais dos EUA que do socialismo propriamente dito). Alguns argumentos famosos usados contra os cubanos são:

    - Fidel matou umonte de genti!!!!

    Claro, quantas vezes tentaram matar Fidel? Que eu saiba foram umas 12 vezes. Sem contar as invasões que sofreram de militares, como o caso da Baía dos porcos. Qualquer um no lugar dele também tomaria sérias medidas preventivas.

    - O salário cubano é uma bosta, são apenas 12 dólares que um trabalhador ganha.

    Quem usa esse argumento ou é direitista que quer convencer jovens sem cérebro ou pessoas que não têm capacidade mental para diferenciar salário real de salário nominal. Cada dólar vale cerca de 25 pesos cubanos, e em Cuba as coisas são muito baratas, já que o comércio não é comandado por empresas privadas e ainda por cima o preço das coisas é baixíssima. A cesta básica cubana (arroz, açúcar, café, pão, leite e batata) custa 3 dólares (75 pesos cubanos, que é cerca de 1/4 do salário médio). E em Cuba, o ingressamento na creche até a universidade é gratuito, o que significa que a pessoa gasta uma quantidade incrívelmente imensa de 0 libra para pagar o ensino superior do filho. E também não é necessário plano de saúde para fazer qualquer atendimento médico. Até mesmo transplante de órgãos são totalmente grátis (embora use equipamentos muito menos avançados que o dos EUA, europeus, japonêses, etc.)

    E outro exemplo de que a concentração de poder na mão do estado pode ser bom é o caso da social-democracia. Na Noruega, o trabalhador gasta cerca de 60% do salário só para pagar impostos, mas ao menos o imposto volta em forma de educação (que é logicamente gratuita, já que é público, e tem uma excelente equipe de professores), em ajudas (existe garantia lá de que você receberá seguro-desemprego e aposentadoria) e em infraestrutura (todo mundo têm direito a saneamento básico, saúde, qualidade de vida. O que é totalmente inimaginável na maioria dos países neoliberais).

    Vim só pra deixar esse wall of text, vou almoçar agora flws
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    Mensagem por Convidado 2010-11-20, 11:55 pm

    Belo texto do poncheis sobre Cuba, agora a pergunta é, números e teoria a parte, quem quer morar lá?
    Porque os atletas de lá no panamericano estavam fugindo pro Brasil, sim, pro Brasil um país de terceiro mundo.

    Ou na URSS, nego pulava o muro de berlin levando tiro pra sair daquele buraco.

    A união soviética foi uma potência, pois escravizou seu povo para construir armas e naves espaciais, explorando os vastos recursos naturais que tinham e dominando e escravizando outros povos(sim, eles também eram imperialistas), como o Afeganistão, a Ucrânia, a Polônia e republica tcheca, o kazakistão dentre outros.
    Também deve-se lembrar povo russo sempre foi um povo muito inteligente, estudioso e nacionalista. Mesmo antes da URSS quantos inventores, cientistas e escritores já haviam saído de lá?
    Ao contrário de digamos o congo, que também optou pelo socialismo e hoje é um dos países mais pobres do mundo.

    Além disso, eles tem o maior território do mundo com os maiores recursos naturais de qualquer país.
    Eles eram uma potência na época imperial(antes de decaírem), se tornarão outra potência com a URSS e vão se tornar outra potência na Rússia moderna.


    Sobre a social-democracia, só deve-se pensar uma coisa, os países onde ela dá certo, sempre foram ricos, nunca tiveram violência ou pobreza. Nunca foram colonizados, não há ex-escravos e se desenvolveram com o liberalismo. Suécia e Noruega são países cheios de loirinhos ricos que nunca na história foram pobres. Qualquer sistema dá certo lá. De qualquer jeito, eles não são potências e não tem nenhuma influência no mundo. Os países liberalistas por outro lado...
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    Mensagem por Convidado 2010-11-21, 12:12 am

    Tem que ver que na Noruega e Suécia é toda uma cultura diferente. Eles tem uma certa cultura de estudar, trabalhar e fazer as coisas direito. Não é que nem Brasil que a grande maioria sonha em ganhar dinheiro sem trabalhar lol
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    Mensagem por Convidado 2010-11-21, 12:26 am

    Tezcatlipoca escreveu:Belo texto do poncheis sobre Cuba, agora a pergunta é, números e teoria a parte, quem quer morar lá?
    Porque os atletas de lá no panamericano estavam fugindo pro Brasil, sim, pro Brasil um país de terceiro mundo.

    Ou na URSS, nego pulava o muro de berlin levando tiro pra sair daquele buraco.

    A união soviética foi uma potência, pois escravizou seu povo para construir armas e naves espaciais, explorando os vastos recursos naturais que tinham e dominando e escravizando outros povos(sim, eles também eram imperialistas), como o Afeganistão, a Ucrânia, a Polônia e republica tcheca, o kazakistão dentre outros.
    Também deve-se lembrar povo russo sempre foi um povo muito inteligente, estudioso e nacionalista. Mesmo antes da URSS quantos inventores, cientistas e escritores já haviam saído de lá?
    Ao contrário de digamos o congo, que também optou pelo socialismo e hoje é um dos países mais pobres do mundo.

    Além disso, eles tem o maior território do mundo com os maiores recursos naturais de qualquer país.
    Eles eram uma potência na época imperial(antes de decaírem), se tornarão outra potência com a URSS e vão se tornar outra potência na Rússia moderna.


    Sobre a social-democracia, só deve-se pensar uma coisa, os países onde ela dá certo, sempre foram ricos, nunca tiveram violência ou pobreza. Nunca foram colonizados, não há ex-escravos e se desenvolveram com o liberalismo. Suécia e Noruega são países cheios de loirinhos ricos que nunca na história foram pobres. Qualquer sistema dá certo lá. De qualquer jeito, eles não são potências e não tem nenhuma influência no mundo. Os países liberalistas por outro lado...

    Não existem aeroportos no Acre, aí infelizmente não posso ir lá :/. E você sabia que o turismo é uma das principais atividades econômicas de Cuba? Incrível isso né? E sobre essa questão dos atltas, é natural que eles fujam, afinal eles podem receber mais salário como atleta e talz, e se você ter o mínimo conhecimento de história você deve saber que essa crise de Cuba se dá por conta dos vários bloqueios econômicos impostos pelos EUA. A única parcela de culpa que Cuba têm nisso é o fato de ela ser socialista (semisocialista no momento).

    Se você ler o que falei sobre a URSS, vai ver que falei que ela era uma potência econômica, mas falei que a educação e infraestrutura continuavam um lixo.

    O que eram esses países antes do socialismo? A escória mundial, os piores países para viver, tinham educação lixo, infraestrutura lixo, economia lixo (a Rússia era um dos países mais pobres da Europa) tudo lixo. Após o socialismo, URSS e China se tornaram potências econômicas (embora a infraestrutura, educação, etc. continuasse um lixo pra população)

    Aqui está o que falei.

    E é claro que a etnia russa é muito inteligente. Primeiro ela foi capitalista, depois resolveu ser socialista, depois entrou em crise, e agora está capitalista denovo. Haja estabilidade né. E é claro que haviam gênios na Rússia, pena que era uma camada ínfima da população. A maioria eram apenas camponeses que eram subordinados a elite, e em menor intensidade, operários que apenas serviam aos seus patrões.

    E o Congo é tão pobre como qualquer país africano.

    E nem era tão potência assim. No pentágono europeu (as 5 nações mais "fodas", que era constituído pela Inglaterra, França, Itália, Prússia e Rússia), os russos eram os mais pobres. E eles também perdiam feio para os Asiáticos, vide a guerra russo-japonesa. É fato que quando eles se tornaram socialista cresceram numa proporção extremamente maior de que quando era capitalista, efeito comum de se ver nos países que tornaram-se socialistas. Se a Rússia tivesse sido capitalista, não arrisco dizer que até hoje eles teriam produzido um armamento de ponta, quanto mais lançado um satélite em órbita. Se a Rússia hoje em dia se ornar uma potência, obviamente vão aproveitar o que foi produzido durante a fase soviética.

    Sobre a social-democracia, sim. Você está certo. Para essa social-democracia funcionar, é essencialmente necessário que o povo tenha um desenvolvimento cultural grande, que saiba o que é cidadania, algo que ainda vai levar muito tempo para acontecer no Brasil. Mas diz aí, a Inglaterra também têm todas essas características e é um dos países mais liberalistas que têm. Mas têm um índice de violência muito maior que o da Noruega ou Suécia. Talvez você coloque a culpa disso nos imigrantes, mas saiba você que anualmene a Noruega e Suécia também recebe muitos imigrantes e nem por isso deixa de ser um local bom para viver, quase totalmente pacífico.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-21, 6:16 pm

    Os indices de crime também estão aumentando na noruega e suécia, e muito. Todos cometidos por muçulmanos, negros e árabes.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-21, 9:16 pm

    Tenho quase certeza de que suas pesquisas sao baseadas em fontes de foruns nazistas. Como o Bob Joe disse, voce esta viranda um parangoenamentma2
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    Mensagem por Convidado 2010-11-21, 9:56 pm

    Você também disse isso.
    Eu não sou nazista, nazismo é só outra forma de socialismo, nacional-socialismo. Tudo que eu abomino. Estado forte e ditadura.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-21, 10:47 pm

    Diga onde eu disse que o índice de crimes aumenta na Noruega e Suécia por conta de imigrantes. E esse negócio de nazismo é ambíguo, dizem os esquerdistas que o nazismo é coisa de extrema direita, mas dizem os direitistas que o nazismo é socialista... fazer o quê né?
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    Mensagem por Convidado 2010-11-22, 12:42 am

    O nome não deve mentir né. Nem os ideais. Fim das classes, saúde pública para todos, renda "justa" para todos...a única diferença é que no comunismo todos=todos, no nazismo todos = pessoas da sua raça.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-22, 12:49 am

    Então o nazismo era mais uma espécie de social-democracia, já que havia grande poder na mão do estado, assistencialismo e iniciativa privada. Inclusive, os nazistas tinham repúdio por comunistas. Sei que você vai falar que eles só odiavam os soviéticos e blablabla, mas por que então eles assinaram o pacto anti-komintern (anti-comunismo) com os japoneses? Aliás, é meio contraditório os nazistas terem tantos ideais eugênicos e mesmo assim lamber o saco dos japoneses.
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    Mensagem por Convidado 2010-11-23, 2:12 am

    Política...eles também assinaram pacto com os soviéticos.
    Eles odiavam os comunista porque os comunistas diziam que TODOS eram iguais, eles acreditavam que só os Arianos eram bons.
    Embora na prática os Soviéticos também tenham perseguido minorias, inclusive judeus, claro que em escala bem menor.

    No fundo, o hitler queria dominar o mundo, foda-se com quem que tivesse que se aliar, quem tivesse que matar.

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