por Convidado 2011-06-29, 8:12 pm
Cara, não vou me enganar, nem afirmar algo que não sei. Depende muito da minha reação na hora. É muito complicado, principalmente para os homens que querem filhos, normalmente outros homens, para serem alphas podões, seja lá o que o pai considera como alpha.
Minha família é competitiva por natureza. Somos ligados e quando nos reunimos, seja na fazenda do pai, seja outro lugar. Somos unidos mas botamos vários esportes, varias competições e outras coisas divertidas bem ao estilo disputa. E, como todo pai, criarei expectativas com o meu filho.
Tony fez o troll do gene perfeito. Mas tem um fundo de verdade, o mundo animal e até a socieade até bem pouco tempo sacrificava os que nasciam com deficiência. Tanto como uma maneira egoísta paterna/materna quanto uma ação de caridade, para evitar que o filho enfrente o que vem. Sei que a sociedade evolui e as coisas mudam. Mas hoje mesmo conheço uma senhora que tem o filho com deficiência mental, e ele só tem a ela. O filho já tem 50 anos e ela uns 80. Quando ela morrer, não sei como ficara o deficiente de 50 que posso dizer que não tem mentalidade nem de adolescente.
Complicadérrimo.
Em contra partida conheço um caso de uma garota com down, até parecida com essa do comercial da bateria. Que trabalha no meu plano de saúde (Unimed) e mesmo que ela não fique na parte de atendimento, é super legal, e solicita. As vezes a vejo no ponto, esperando os pais ou o ônibus, não sei. Mas acho legal.
Pergunto-me que tipo de pai eu seria estando no lugar deles. Se não ficaria em um estado de revolta ou me tornaria um pai completo digno de admiração. Espero que seja a segunda opção, pois a primeira acabaria por me trair moralmente.
Lembro de um caso, quando eu era pequeno que o pai soube na maternidade que o filho nasceu com problema genético. O pai sumiu por dois dias. O dia que soube e mais um dia, que voltou bem de noitinha. Daí para frente ele foi o pai mais exemplar possível, pelo menos foi o que disseram. E na época foi o enterro do filho dele (a doença não deixava viver muito, acho), e como ele chorava. Me pergunto o que deve ter passado pela cabeça dele, o que ele deve ter feito nesses dois dias.
Alias, espero não passar por isso, espero do fundo do meu coração. Não quero ter que descobrir que tipo de pai eu seria, nesse caso.